O assalto - Jornal Fato
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O assalto


Ao passar por determinada rua em São Paulo, o ladrão ao ver o tamanho da mansão, ficou de olho grande.

 

Começou a pesquisar e soube que além de ótimo sistema de alarme, ela é protegida por muitos cães. Logo lembrou um colega que é muito bom em alarmes, para ajudá-lo a desativar o sistema de segurança e ele cuidaria dos cachorros.

 

Soube também que tinha dois pitbuls, que eram muito ferozes e agressivos. O ladrão que entendia de cães sabe que os animais desta raça, são muito complexados, porque são muito feios.

 

O meliante então começou sua estratégia de aproximação e conquista dos cachorros. Levava biscoitos, falava baixinho com eles, assoviava, cantava, dando especial atenção para os pitbuls, mas sem melindrar os outros animais.

 

O ladrão visitava os cachorros em dias alternados e em horários diferentes, para não chamar atenção, nem ser descoberto.

 

O pessoal da casa notou que os animais pareciam que estavam diferentes. Quando eles recebiam a visita do ladrão, ficavam calmos e tranquilos, mas quando não eram visitados, ficavam tristes e ansiosos. Nem o veterinário soube explicar o que estava havendo.

 

Assim que o ladrão sentiu total domínio dos cachorros, entrou na casa, roubou-a, sem arrombar nenhuma porta ou fechadura.

 

Após alguns meses, ao ser preso é que o segredo foi desvendado.  É que o ladrão encantava os animais e invadia as casas tranquilamente.

 

O delegado chamou o Sr. Odebrecht, que era o dono da casa para apresentá-lo ao ladrão e disse que na Delegacia, tinha um vira-lata, que o ladrão ensinou-o a falar Odebrecht, e o animal repetia Odebete.

 

O empresário ficou impressionado com as habilidades do ladrão, e como este lhe disse que estava cansado desta vida e que queria uma nova chance, o empresário convidou-o a trabalhar com ele.

 

O empresário adotou o cachorro que falava Odebete, e o ladrão cuidaria dos outros animais e em especial dos pitbuls, que estavam muito tristes e deprimidos, depois do assalto a sua casa. Por mais antidepressivos, que o veterinário receitasse os cachorros não melhoravam.

 

O empresário ao sair da Delegacia com o animal adotado, o delegado perguntou-lhe se ele não queria levar mais dois cães, que viviam na Delegacia. O Zé, chamado assim pelos presos porque latia muito e era muito barulhento e a cadela Maria, porque ela era muito autoritária, exigente e vivia ofendendo e brigando com os outros cachorros.

 

Deus me livre e guarde seu delegado, já chega um monte de funcionários de minha empresa e amigos que tem este tipo de comportamento e me causam problemas até hoje.

 

Clínica de Orientação Psicológica

Fernando Fiuza - psicólogo

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