A história da humanidade é marcada por muitos fatos trágicos cujos responsáveis sempre justificam fazê-los em nome de Deus. Um dos mais recente e trágico acontecimento, no século passado, foi o ataque de 11 de setembro, contra o "Grande Satã", a América do Norte, em nome de Allah, o Deus Islâmico.

 

E voltando na história, encontraremos no Judaísmo as guerras de conquistas narradas no antigo testamento (em especial o livro de Josué), onde sob o comando de Deus, conquistaram a Terra Prometida, para ficar apenas em um exemplo bíblico.

 

Na lndia, membros da seita Thug estrangulavam pessoas como sacrifícios em nome da deusa Kali, prática iniciada em 1500. O número de vítimas foi estimado em mais de dois milhões. No ocidente, a inquisição Medieval da igreja Católica, também em nome de Deus, fez milhares de vitimas. E outras centenas de guerras foram e são patrocinadas em nome de Deus.

 

No Brasil, quando os portugueses chegaram para se apropriarem de nossas terras e iniciarem a exploração de nossas riquezas, também prenderam, escravizaram e mataram os povos das florestas (chamados de índios) em nome do cristianismo.

 

Agora, no ultimo domingo, assistimos ao maior espetáculo brasileiro que foi a votação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma. Os motivos declarados para a aprovação daquele golpe contra a democracia soaram de forma surreal, para não dizer do outro mundo.

 

Parlamentares denunciados na lava jato e outros crimes, votaram em homenagem a esposa, aos filhos, aos netos, a mãe, contra a corrupção, pela saúde, por Israel, pelos desempregados... E para completar a tragicomédia, teve inclusive, um voto em homenagem ao torturador do regime militar e contra o comunismo.

 

Mas, nenhum parlamentar apresentou o crime de responsabilidade pelo qual queriam o impedimento da presidente Dilma, ao que parece, ela não recebeu suas famílias para um cafezinho, um almoço ou não tenha comparecido a uma missa ou a um culto, pois o que mais se ouviu foi: "Voto sim, presidente Eduardo Cunha, em nome de Deus e da família".