Caro leitor - Jornal Fato
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Caro leitor


Caro leitor, amo escrever em prosa, mas, com muita emoção, afirmo ser amante da poesia. Nos versos, trago à tona a mais forte e a mais fraca parte de mim.  Sou muitas partes e escrevo, sem dúvida nenhuma, para não morrer. E, saibam, morremos de diversos modos, embora ressuscitemos de várias maneiras. Aqui, está uma Simone bem cheia e vazia de muitas humanidades.

Graças ao que experimentei nos últimos dias, posso afirmar que o ser humano me afeta muito; acredito muito no sujeito e também escrevo por conta disso. Eu acredito que o homem é rico demais para ser banalizado, é bonito demais para ser desprezível.

Afirmo, meu nobre leitor, pelo qual tenho um apreço inestimável, que você é dotado de singularidades. É um indivíduo capaz de ideias e gestos que podem transformar e minimizar nosso caos. Você é capaz de sentenciar e abrandar males para que acreditemos no depois.

Esta semana, vi que o homem é a maior de todas as criações; a melhor de todas as invenções. Tenho orgulho de fazer parte, ainda, desta humanidade. Mesmo que haja as piores coisas, terei sempre um bálsamo. Acredito demais em você. Acredito que teremos, mesmo aos naufrágios, às guerras, às dissipações e às anestesias, mais humanidade.   


O ser humano me afeta...

 

Coloco em mim dúvidas, anseios e doses de esperanças.

Reinvento tempos de sonhar, de glórias e linhas de felicidade.

Amanheço em caos e não devolvo tempos.

Espero sempre o pôr do sol para sentenciar minha culpa.

E espero por letras de liberdade.

O amor esperou em mim desafios,

Mas abandonei a sorte de amores calmos.

Sinto que o mar se agita e não terei tempo para a próxima onda.

Transgredir sempre será espírito de loucura

 Espero ser absolvida.

O ser humano me afeta.

 Aprendi a adocicar e escolher

Acasos enfeitam meu lar e as lembranças que deixei lá fora.

Ainda tento trazê-las...

Acredito não ser tarde para conversas e apegos.

 Neste momento, sinto-me em casa, decorando um novo espaço

 para as lembranças, os jardins... as esperas e o banquete.

Ainda terei mais humanidade.

 

Simone Lacerda é professora. - cheirosensaiosepoesia.blogspot.com.br


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