Capixaba enfrenta dificuldades na selva em jornada rumo aos EUA - Jornal Fato
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Capixaba enfrenta dificuldades na selva em jornada rumo aos EUA

Leonardo vendeu sua bicicleta e agora atravessa a selva do Darién a pé, passando e vivenciando experiências intensas


Há mais de três meses, Leonardo Martins, natural de Atílio Vivácqua, Espírito Santo, partiu em uma jornada de bicicleta rumo aos Estados Unidos. A viagem, que nunca foi fácil, chegou agora a um estágio ainda mais complicado em uma região remota na fronteira com o continente norte-americano. Atualmente no Panamá, Leonardo está atravessando a perigosa selva do Darién, onde enfrenta a falta de recursos para seguir adiante.

Essa região serve como uma ponte natural entre a América do Sul e a América Central, situando-se entre a Colômbia e o Panamá. Devido à sua posição geográfica, a selva do Darién é vista como um ponto crucial para os imigrantes que desejam alcançar os Estados Unidos. Sem dinheiro para arcar com os custos de passagens aéreas, hospedagens e documentações, refugiados e imigrantes arriscam suas vidas em meio à vegetação densa do Darién, que acaba servindo de rota alternativa.

Além dos desafios naturais, como montanhas íngremes, rios de forte correnteza, temperaturas de até 35 graus, doenças como dengue e malária, e ataques de animais selvagens, os viajantes enfrentam ainda a violência. A região tornou-se local de atuação de grupos criminosos conhecidos por cometerem atos de violência, incluindo abuso sexual, roubos e tráfico de pessoas.

Para adentrar na selva, Leonardo vendeu sua bicicleta, seu principal meio de transporte. A travessia levou quatro dias e foi marcada por desafios extremos, incluindo fome, frio e sede. Além disso, ele presenciou cenas de violência e, afirma, até sequestros para extorquir dinheiro de outros viajantes que também se arriscam na travessia.

Dentro da selva, o dinheiro de Leonardo acabou, pois teve que comprar água, comida e pagar para dormir nos acampamentos que havia nos pontos de apoio durante o trajeto. Agora, ele precisa pagar 60 dólares para sair de uma ONG que o abriga na floresta do Darién e seguir mais de 500 km rumo à Costa Rica de ônibus, uma exigência para deixar a área com segurança.

Leonardo continua compartilhando sua jornada no Instagram, onde pede ajuda e apoio financeiro para continuar sua viagem. Siga sua história e contribua através do Instagram @leonardomartinsmatins e do Pix 47 99629-8037.

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