Queimadas ilegais comprometem operações aéreas no aeroporto de Cachoeiro - Jornal Fato
Cachoeiro

Queimadas ilegais comprometem operações aéreas no aeroporto de Cachoeiro

O incêndio ocorreu nesta segunda-feira (24). Segundo moradores, casos como esses são comuns nesta época do ano


Um incêndio atingiu o interior do Sítio Aeroportuário de Cachoeiro nesta segunda-feira (24). O fogo, que veio da parte externa do local, foi causado por pessoas que fazem queimadas ao redor, resultando na propagação das chamas até o interior do aeroporto e nas fazendas vizinhas. Esse tipo de ocorrência é comum no bairro Aeroporto, principalmente nesta época do ano, com uma frequência de dois a três incêndios por mês em anos anteriores. Este, no entanto, foi o primeiro do ano.

Segundo Valerio Depollo, gerente administrativo do Aeroporto Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, o incêndio prejudicou as operações de pousos e decolagens devido à intensa fumaça. Além disso, há um risco iminente das chamas alcançarem os tanques de combustíveis dos hangares, o que poderia ter causado um acidente.

Dona Janete, proprietária de uma das fazendas vizinhas, também relatou os prejuízo que enfrenta devido às queimadas. O fogo queima a cerca e a pastagem da fazenda dificultando a alimentação do gado.

Segundo os moradores, o Corpo de Bombeiros tem atendido prontamente às chamadas e conseguido impedir que os incêndios se alastrem de forma mais grave.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605 de 1998), em seu artigo 54, considera crime causar poluição que coloque em risco a saúde humana, a segurança dos animais ou destrua a flora. A queimada de lixo doméstico, por exemplo, emite poluição na forma de fumaça, destrói a vegetação e pode causar a morte de animais, além de colocar em risco as habitações locais. A pena prevista para este crime é de até quatro anos de reclusão, podendo ser aumentada em casos mais graves, como quando uma área se torna imprópria para habitação ou há necessidade de retirar os habitantes da área afetada.

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