O novo mundo da Geração Z - Jornal Fato
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O novo mundo da Geração Z

Esse novo ser conectado entende que os smartphones são extensão de seu corpo, por isso as relações de consumo de bens e serviços são totalmente diferentes da geração anterior


Está chegando com toda a força a geração Z. São os Centennials, nascidos após a segunda metade da década de 1990. Se você estava ainda pensando que iríamos trabalhar para a geração Y ou Millennials, que nasceram entre 1980 e 1990, é bom atualizar seu App pessoal.

Esse novo ser conectado entende que os smartphones são extensão de seu corpo, por isso as relações de consumo de bens e serviços são totalmente diferentes da geração anterior.

Os Millennials querem na verdade se desconectar e buscam refúgio no mundo real, preferencialmente junto à natureza. É o oposto da nova turma que chega ditando novas regras.

De acordo com especialistas do comportamento humano, os Centennials querem ter o direito de mudar de opinião o tempo todo e buscam formas sociais onde podem apagar a todo o instante, sem recorrer ao famoso #TBT que já está caindo na audiência.

Fotos sem qualidade, local específico mas com carga emocional de sobra. É esse o perfil das novas postagens. Ostentação é uma atitude proibida em seu ritmo de vida.

É no Twitter que eles ganham força em detrimento do "velho" Facebook e do nem tão "atraente" Instagram. Exceto pelo Stories. Voltando ao Twitter, alguns usuários ficam conhecendo quem é quem na política, por exemplo, ou no "pequeno planeta" das celebridades através dos Memes, que é a expressão artística, digamos dessa tribo Centennials.

E nas redes sociais, preferencialmente o Twitter, é possível ter dois ou três perfis para emitir opiniões diferentes e gerar formas adversas de engajamento.

Sobre o interesse e a busca pelas notícias é muito baixo. Não leem jornais nem revistas mas podem se guiar pelas redes sociais se o assunto interessar. E não é qualquer coisa: soluções, inovações, tendências, coisas práticas, rápidas, individuais.

Por exemplo: se o assunto que bomba na timeline é o Presidente Bolsonaro eles vão buscar saber o que é e quem é. Se o assunto for campanhas, vendas e similares, na linguagem tradicional, esqueça: as referências para os Z's mesclam referências do passado (música, artistas, escritores) e os atuais ou ainda os atuais que revisitam o passado através de releituras. É complexo, eu sei, mas é assim que a mente deles funciona.

E cérebro dos Z's funciona na mesma velocidade do 5G: os filmes são vistos de forma diferente, avançando as partes que consideram chatas, livros são lidos mais rapidamente através dos aplicativos e serviços de fast food e transporte são a solução para o dia a dia, como trocar de roupa.

Mas cresce o individualismo, o silêncio e o isolamento. Estão em grupo conversando pelo celular. Não estão muito dispostos a fazer trabalhos voluntários ou irem para cursos e palestras apenas para "ter um certificado". É preciso mais para chamar a atenção para o mundo real.

E justamente o que não pode ser estudado, visto, ouvido e sentido em grandes quantidades, como filmes e livros importantes para a formação do conhecimento fica de lado e não gera conteúdo suficiente para engajamento no mundo real. A socialização fica defeituosa.

Isso pode gerar mais horas de terapia para que possam trabalhar suas emoções devido a ansiedade que se originou por essa velocidade de informações que recebem e pela busca de satisfazer suas curiosidades. A espera por um like ou comentário, por exemplo, nas redes sociais.

Para o marketing, quem quer vender para os Z's tem que focar no agora, no imediato, na solução. As regras de campanhas, usadas a décadas estão sendo reinventadas. Ou melhor: "atualizando a rota". A ideia de parcialidade é quase inexistente.

Precisamos nos lembrar que essa noção de juventude é uma invenção da sociedade americana do pós-Guerra. Foi assim quando surgiram os baby boomers, e a partir daí aparece a grande pergunta: é como os jovens (X, Y, Z e, em breve, os alpha) irão transformar o mundo?


Ramon Barros Comunicador +55 28 99882-8981

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