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Desenvolvimento retórico

A retomada do desenvolvimento econômico de Cachoeiro é assunto que permeia os debates políticos


Foto: Arquivo FATO

A retomada do desenvolvimento econômico de Cachoeiro é assunto que permeia os debates políticos desde quando comecei no jornalismo. No ano de 1999, já se lamentava a perda do protagonismo do município em relação, principalmente, ao Norte do Estado, em razão dos incentivos e dinheiro barato da Sudene.

Desde aquela época até os dias atuais, pouco se fez para que essa realidade pudesse ser alterada. Sequer se estipulou um modelo de desenvolvimento para a cidade, que cresceu e cresce de forma improvisada, como que a mendigar para que algum grande empreendimento possa ser a mola propulsora de novos tempos.

Curiosamente, ao longo dessas décadas, ocorreu, em muitos casos, o contrário. Algumas de nossas principais empresas fecharam as portas ou mudaram de cidade. E, ao mesmo tempo, fez-se de quase tudo para dificultar a vida dos empreendimentos que cogitaram se instalar no município. Só os mais persistentes conseguiram.

Mesmo ante ambiente de negócios hostil, ainda há empresas interessadas. Afinal Cachoeiro é uma das cinco cidades onde há maior potencial de consumo do Estado - combinação entre onde há maior população e maior renda, onde estão as maiores oportunidades para investir e atingir bons resultados.

O Supermercado Carone, por exemplo, que prestes a se instalar, enfrenta agora a possibilidade de ter embargadas, pela Justiça, as obras já em fase final, por conta de se localizar perto do Rio Itapemirim.  

Foram 12 anos de tentativas repelidas pela disputa comercial - um grupo concorrente tentou fechar todas as portas de entrada com a aquisição dos imóveis condizentes com o empreendimento - o que faz parte do jogo. Mas é muito frágil a justificativa de área de proteção permanente para impedir que se consolide onde já está, local que por décadas funcionou uma fábrica de cimento, muito mais poluente.

Mesmo atividades de menor impacto ambiental são quase proibidas no município, como as microcervejarias. Muitas se dedicam a produzir em outros municípios a bebida, deixando, assim, de gerar oportunidades de empregos e circulação de recursos por aqui.

A Prefeitura, agora, trata da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), apontado pela maioria dos empreendedores como um entrave aos empreendimentos. É a chance de estabelecer regras mais condizentes com as necessidades do município, que só não definha mais por conta da coragem de pequenos e médios empreendedores que continuam a fazer a roda da nossa economia girar.

 

DESTAQUE.  O deputado estadual Marcos Mansur (PSDB) e o vereador Alexandre Bastos (PSB, ainda), tem conversado bem.

 

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

Machado de Assis

 

Sobe

Marataízes

Embora o debate político tenha contaminado a entrega da obra, a inauguração da urbanização da orla de Marataízes mudou para melhor a mobilidade e o visual na região da Praia Central. Há ainda pontos a corrigir, mas, definitivamente, é o caminho certo.

 

Desce

Ferração

A Prefeitura de Cachoeiro tem se dedicado a cuidas de canteiros e praças. Deveria dar atenção maior ao ginásio Ferração, no bairro Aeroporto, cuja manutenção da grama é insuficiente. O local é muito frequentado inclusive por pessoas de outros bairros, pois ali está instalada a junta Militar.

 

Mas, hein?!

A violência, em Cachoeiro, só não é maior do que o medo que gera. Tanto que, num correspondente bancário do Aeroporto, os funcionários trabalham atrás de blindagem, tal qual as cabines da Eco 101.

 

Vias de FATO

1- Chuvas fortes e Cachoeiro de Itapemirim, definitivamente, não combinam.

2- É uma vergonha a qualidade do serviço de internet da Vivo durante a temporada de verão em Marataízes.

3- Depois do Carnaval restará mais claro o quadro sucessório em Cachoeiro de Itapemirim. Há, ainda, muitos balões de ensaio.

4- Mote da campanha em Marataízes já começa a se desenhar. Será a luta de nativos contra forasteiros.

5- Depois de alguns dias de internação com quadro de infecção urinária, no final de 2019, o prefeito de Presidente Kennedy, Dorlei Fontão já teve alta.

 

Mote de campanha

Em Marataízes já está bem definido o mote da campanha eleitoral, pelo que se percebe já há algum tempo com a movimentação dos prováveis candidatos. Será a luta dos nativos contra os forasteiros, o que não deixa de ser curioso num município que tem no turismo uma das molas de sua economia e, literalmente, aposta na atração de forasteiros.

 

Caro demais

Por muito tempo, a reclamação foi quanto aos preços cobrados pelos supermercados, que, atualmente se adaptaram e cobram valores adequados à realidade, em Marataízes. Entretanto, alguns bares ainda não se tocaram e chegam a cobrar R$ 15,00 por um refrigerante de dois litros. É por essas e outras que cresce o número de pessoas que levam as próprias bebidas e comidas para as praias. É preciso explorar o turismo e não o turista.

 

Enxugando gelo

Enquanto não cuidar das drenagens e pavimentações, a Prefeitura de Cachoeiro vai continuar a enxugar gelo após temporais, principalmente se forem seguidos, como os do último final de semana. Tiram a lama num dia, para a chuva vir e enlamear tudo de novo. 

 

Volta às aulas

Os dias de paz e tranquilidade no trânsito de Cachoeiro já têm data para terminar: 4 de fevereiro, quando as escolas públicas iniciam o ano letivo. Algumas particulares também retornam na mesma semana. Também será a oportunidade para, aí sim, testar definitivamente o estacionamento rotativo.

 

Estrela do Norte

É louvável o trabalho desenvolvido, fora de campo, nos últimos meses, pela diretoria do Estrela do Norte. O marketing está criativo e eficiente, resultando em novas fontes de arrecadação para o clube. Agora, resta o campo... a partir de 28 de janeiro.

 


Wagner Santos Diretor e editor Jornalista

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