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18 de outubro. Dia dos Médicos. Às 18 horas, no Bom Gosto. Momento para festejarmos o Dia dos Médicos, Médicas e o Outubro Rosa.


- Foto Divulgação

O Chá Rosa é um evento organizado pelo Núcleo Feminino da Unimed Sul Capixaba com a arrecadação financeira destinada às crianças com deficiência visual e pacientes oncológicos com necessidades nutricionais. É hoje:18 de outubro. Dia dos Médicos. Às 18 horas, no Bom Gosto. Momento para festejarmos o Dia dos Médicos, Médicas e o Outubro Rosa. A saúde é um completo bem estar físico, mental, social e espiritual. Um direito do cidadão e um dever do Estado. Está em nossa Constituição, desde 1988. Ao médico é mandatório estar atento a todos os fatores que levam a doença. Fatores econômicos, sociais (falta de emprego, de moradia, água, esgoto, vacinação, educação...) e deve cobrar das autoridades: políticas públicas para a prevenção da doença. Cada vez mais o social e o psicológico associado ao uso de álcool, e outras drogas, interferem no estado físico. Os transtornos da afetividade/depressões se acentuam. Separar as doenças físicas das psíquicas não é tarefa fácil. Por isso, o exercício da medicina é uma arte. A arte de ouvir, auscultar, palpar e agir. A busca da verdadeira compreensão humana, com suas potencialidades e limitações. A compreensão de que não somos Deuses e sim seres humanos com erros e acertos. Uma profissão mais que milenar. Mística. Desde os tempos remotos. A sabedoria da mitologia grega já nos mostrava o caminho da harmonia entra a prevenção e a cura (Asclépio - Deus da medicina, e suas filhas: Higéia - Deusa da medicina preventiva e Panacéia - Deusa para a cura de todas as doenças e males). A cristianização acrescentou a caridade. Foram criadas, no fim da Idade Média, as primeiras Casas de Abrigo e surgimento dos primeiros hospitais - hospitaleiros: casas de acolhimentos. A arte da medicina iniciou-se nas mãos dos cirurgiões. Associou-se ao poder da observação clínica, como o ato de lavar as mãos e diminuição das mortes no após parto devido à diminuição das infecções e evoluiu nos atos anestésicos do fim do século XIX.

Com a evolução da medicina, sua alta tecnologia, não é mais possível recuperar a imagem retratada em quadros: um leito domiciliar, um moribundo e ao seu lado um médico. A morte não é mais permitida nas residências, nos transferimos para leitos de Unidades de Terapia Intensiva com aparelhos de respiração e monitores. Em tempos atuais é necessário à profissão médica ser exercida baseada na relação humana dos sentimentos, a espiritualidade em sua forma mais plena e transcendente. Por mais que pareçamos frios, nos alegramos com o sorriso de uma criança ou adulto recuperado. Em meio a todas as dores, precisamos aceitar as nossas limitações e convivermos com as nossas próprias incertezas, uma oportunidade de vivermos em paz. Devemos nos irritar com as mortes evitáveis. Em todos os instantes guardar em mente o aforismo hipocrático: Curar quando possível; aliviar quando necessário e consolar sempre. E: Fazer o bem e evitar fazer o mal. O Chá Rosa e o Núcleo Feminino da Cooperativa espelham as mudanças da sociedade observadas no Outubro Rosa e nas Escolas de Medicina com a presença e ações dominantes das mulheres.


Sergio Damião Médico e cronista

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