Vereador chora na volta à Câmara após prisão - Jornal Fato
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Vereador chora na volta à Câmara após prisão

Ele recebeu apoio de parentes, vereadores, amigos e do deputado estadual Marcos Mansur que acompanhou seu discurso


O vereador Dário Silveira Filho, o Darinho da Saúde (PSDB), participou na tarde desta terça-feira (17) da primeira sessão da Câmara Municipal após ficar oito dias preso, acusado de embaraçar em investigação do Ministério Público sobre a "Máfia das Farmácias", que investiga a compra e venda de medicamentos de origem duvidosa, além de crimes de sonegação fiscal.

Darinho chorou ao lembrar os dias na prisão e o apoio recebido, mas pouco falou sobre o processo que responde, por alegar que está sob segredo de Justiça. Mais uma vez, como já fizera assim que libertado, nas redes sociais, ele se disse injustiçado. "Sempre pautei minha vida na honestidade", lamentou.

O deputado estadual Marcos Mansur (PSDB) deixou a sessão da Assembleia Legislativa para acompanhar o discurso do correligionário. "Sabia que seria emocionado e dramático", disse. e declarou, mais uma vez, seu apoio a Darinho.

"Confiamos na Justiça e no ministério público, mas, independentemente do mérito desta questão, estamos aqui nesta tarde para dizer que somos solidários ao ser humano Darinho. Independentemente de você está certo ou errado. Amigo tem que ser amigo também na época das vacas magras", disse Mansur, num resumo perfeito da sessão, que funcionou mais como um desagravo. Pouco se falou sobre os fatos que levaram à prisão.

 

O caso

Darinho da Saúde foi preso na manhã do dia 4 de julho, na segunda fase da Operação Panaceia. Ele é acusado de vazar informações sobre a primeira fase, deflagrada pelo Ministério Público no dia 20 de junho, com o objetivo de apurar compra e venda de medicamentos de origem suspeita e fraudes em documentações em farmácias do município.

Segundo o MP, além de vereador, Darinho é funcionário público e trabalha como motorista da Vigilância Sanitária, um dos órgãos que participaram da primeira fase da operação. Ele teve acesso às informações sigilosas e repassou para dois proprietários de farmácia.

Na abordagem de uma das farmácias investigadas, não havia medicamentos de origem suspeita, sendo este, um dos estabelecimentos para qual o vereador havia passado informações.

Ele teve a prisão temporária decretada por 30 dias, mas foi libertado oito dias depois, com a atuação de seu advogado Izaías Júnior.

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