Servidores do estado não descartam greve - Jornal Fato
Política

Servidores do estado não descartam greve

Assembleia geral será realizada amanhã na Praça do Papa, em Vitória, e em pauta estão diversas reivindicações dos servidores estaduais


 

Representantes de 18 entidades dos servidores públicos do Espírito Santo se reunirão amanhã, em assembleia geral, na Praça do Papa, em Vitória, a partir das 10h, para realizar diversas reivindicações para a categoria junto ao Governo. Nesse encontro poderá ser deliberada uma greve dos funcionários públicos capixabas.

 

De acordo com o Sindipúblicos, os servidores estaduais pleiteiam a reposição salarial; data base para as negociações para a reposição salarial; fixação do auxílio alimentação para todos os servidores; e reajuste do tíquete alimentação.

Ainda de acordo com o sindicato da categoria, todos os servidores estão liberados de suas funções para participar da assembleia geral nesta quarta-feira, com exceção daqueles que atuam em áreas prioritárias como o setor da saúde. "A partir desse encontro, iremos realizar a abertura de uma mesa de negociação com o Estado, e a partir daí, se não haver avanços nas negociações poderemos fazer uma greve geral", disse o Sindipúblicos.

 

Negociação

Em nota, o Governo do Estado informou que já abriu o diálogo e realizou duas reuniões - uma no dia 29 de junho e outra no último dia 3 - com entidades representativas dos servidores públicos.

Nos encontros, foi apresentada a equipe de negociação e também o cenário econômico estadual. Na próxima sexta-feira, ocorrerá mais uma etapa de negociação e a pauta unificada de reivindicações das categorias será discutida. "O Governo está aberto ao diálogo com responsabilidade e respeitando o cenário econômico atual das contas públicas e da crise que assola o país", disse o Estado.

 

Cortes

O sindicato critica o governador Paulo Hartung (PMDB) pelos cortes em diversos departamentos do Estado. "Ele cortou 72% nas verbas para as escolas públicas, 35% na cota de combustíveis para as viaturas policiais, deixa os servidores públicos sem reajuste, corta o orçamento da saúde fazendo com que 43 hospitais filantrópicos e os demais da rede pública corram o risco de fechar, e dá as costas aos prefeitos que o abraçaram. Agora eles enfrentam sozinhos a crise na saúde e educação de seus municípios. O Governo já arrecadou até junho, mais de R$ 7,8 bilhões de reais, e possui um superávit de R$ 447 milhões de reais. O que falta é vontade política", afirma o sindicato.

Sobre os números apresentados pelo sindicato, a Secretaria de Estado da Fazenda esclarece que o superávit primário expressa a economia que o Estado tem para pagar as suas dívidas. "Essas dívidas vem sendo quitadas e o superávit no Caixa do Tesouro, acumulado no primeiro quadrimestre de 2015, foi de R$ 97 milhões e dará suporte às despesas do Governo ao longo do ano", esclareceu o Governo.

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