Chefe de Polícia Civil promete melhorias, mas sem data - Jornal Fato
Entrevista

Chefe de Polícia Civil promete melhorias, mas sem data

Gracimeri apresentou o planejamento de gestão da Polícia Civil capixaba para os próximos quatro anos


A delegada-chefe de Polícia Civil do Espírito Santo, Gracimeri Gaviorno, esteve em Cachoeiro de Itapemirim na manhã de ontem, para a primeira reunião geral com delegados e demais servidores no Sul do Estado.

Ela prometeu melhorias na estrutura da Polícia Civil na região. Porém, não citou prazos para a conclusão dos projetos.  

Durante o encontro, realizado no auditório do Sest/Senat, no bairro Aeroporto, Gracimeri apresentou o planejamento de gestão da Polícia Civil capixaba para os próximos quatro anos do governo Paulo Hartung (PMDB).

Depois, a delegada-chefe falou ao jornal ES de FATO:

 

FATO - Na delegacia patrimonial (que está sem titular e com déficit de pessoal), o que pretende fazer para melhorar?

Gracimeri Gaviorno - Nós temos um planejamento global de melhor atendimento do cidadão em todos os aspectos. Hoje, a mensagem que passamos é de melhorar a imagem da Polícia Civil, através de suas ações e atendimentos. Embora a gente já tenha uma equipe muito boa, que tem trabalhado muito próximo da população. Já temos mais 24 delegados nomeados, que estarão completando a academia nos próximos três meses. E, possivelmente, vamos conseguir completar o quadro enviando um delegado para assumir aquela unidade. 

 

O serviço médico legal da região também é precário. Um dos exemplos é a falta de espaço nas câmaras para armazenar corpos. Agora, por exemplo, há a previsão de que 20 vítimas sejam sepultadas como indigentes. Existe algum projeto para melhorar o SML do Sul do Estado?     

Bom, hoje nós temos um novo superintendente (Danilo Bahiense), que já está trabalhando para resolver os problemas dos laudos. Temos ainda um processo de licitação de novas câmeras frigoríficas. No caso dos indigentes, a Polícia Civil faz um trabalho intensivo de identificação. São somente enterrados como indigentes quando a gente não consegue a identificação e quando não aparece nenhum familiar para reconhecer.

 

No ano passado, a Delegacia de Crimes Contra a Vida informou que teve dificuldade com a Justiça para conseguir mandados de buscas e apreensão e de  prisão preventiva ou temporária. A demora deixou vários criminosos em liberdade e eles continuaram matando. Há perspectiva de melhor entrosamento entre a polícia e o Poder Judiciário? 

Eu não acredito que exista falta de entrosamento com o Poder Judiciário. Pelo menos isso não acontece em todo o Espírito Santo. Não participei desta discussão na gestão passada, até porque não estava à frente da Polícia Civil. Mas tenho certeza que, se existe alguma dificuldade em relação às medidas cautelares, pode ter sido por dificuldade legal. Eu não acredito em nenhuma dificuldade de relacionamento, até porque temos o mesmo objetivo, que é servir a sociedade. 

 

Há previsão para a construção da nova sede do DPJ em Cachoeiro?

O projeto não é tocado pela Polícia Civil, é uma obra que está sendo desenvolvida pelo Iopes, Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo, mas que não pode ser esquecido. Naturalmente, a gente vai sim continuar com o trabalho, a fim de oferecer uma melhor estrutura para a população.

 

 

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