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Após uma longa espera, o Porto Central foi autorizado nesta quinta-feira (1º) a iniciar as obras de instalação em Presidente Kennedy. O alvará de instalação, documento que faltava para o início dos trabalhos, foi liberado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

 

O projeto receberá R$ 3 bilhões de investimento na primeira fase, a ser iniciada em 2019, e vai gerar 4,7 mil empregos durante sua construção. Na fase de operação, prevista para 2022, dois mil trabalhadores atuarão no Porto.

 

Com 20 milhões de metros quadrados, dez quilômetros de berços e píeres, e até 25 metros de profundidade, o Porto Central coloca o Espírito Santo na rota dos maiores navios do mundo, com até 400 mil toneladas de capacidade.

 

Segundo o CEO do Porto Central, José Maria Vieira Novaes, um dos diferenciais do projeto é a infraestrutura ofertada para a instalação de indústrias na área licenciada.

 

"Além da infraestrutura portuária, vamos prover água, esgoto e energia elétrica. É mais que um porto, é um grande condomínio, com vocação industrial, que vai acelerar e simplificar o processo de licenciamento dos clientes", detalha.

 

Segundo o presidente do Sistema Findes, Léo de Castro, o Porto Central resolve gargalos logísticos históricos do Estado e representa o maior investimento portuário do país.

 

Obtida a licença de instalação, o CEO do Porto Central espera concluir, nos próximos meses, detalhes da construção e do financiamento da obra - a ser obtido junto a BNDES, Caixa e demais bancos de desenvolvimento.

 

"É um projeto de grande relevância, com retorno de longo prazo, que tem o Porto de Roterdã e a TPK Logística - cujo sócio-controlador é a Polimix - como acionistas", argumentou Novaes.

 

Estado e município comemoram

 

O governador Paulo Hartung comemorou a notícia: "Hoje o Estado do Espírito Santo obteve uma grande vitória. Nós temos trabalhado há alguns anos, nosso governo, a bancada federal em Brasília e o apoio dos empreendedores do Espírito Santo inteiro, particularmente do sul, para que esse projeto caminhe no sentido de sua realização", destacou.

 

Para o governador, o empreendimento tem tudo para ser a base de um novo ciclo econômico para o Sul do estado, "gerador de emprego, renda e de oportunidades, principalmente para os jovens".

 

Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Econômico de Presidente Kennedy, Josélio Antônio Altoé, o porto vai mudar a história do Sul do estado e do Norte fluminense.

 

"É uma grande responsabilidade e estamos preparando o município e nossa população para receber esse investimento, com melhoria de infraestrutura, logística, escolas, creches e capacitando os moradores com educação formal e cursos profissionalizantes, para se empoderar das oportunidades que surgirão", destacou.