Combate à intolerância religiosa em pauta - Jornal Fato
Cultura

Combate à intolerância religiosa em pauta


A programação terá, também, culto ecumênico e apresentações culturais e religiosas (Foto: Dário Dias)

Nesta segunda-feira (22), a partir das 17h00, lideranças de diferentes credos estarão na praça Jerônimo Monteiro, no centro de Cachoeiro, para participar do evento alusivo ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro), aberto ao público, que é organizado pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes).

 

Para dialogar sobre as reflexões geradas pelo tema do evento, "Menos intolerância, mais amor", foram convidados o pastor Damásio Costa Maciel, o padre Joselito Ramalho Nogueira, o pai Geovane de Oxalá e a representante da doutrina espírita, Fábia Cristina Ribeiro de Oliveira, além de José Antônio Souto Siqueira, do Centro de Defesa de Direitos Humanos (CDDH) do município.

 

"Muito se fala em respeito e conscientização, mas, às vezes, parece que essas palavras foram banalizadas e a intolerância tem crescido cada vez mais, em diversas áreas. Saber que pessoas estão agredindo umas às outras, quebrando objetos e invadindo templos por terem opiniões diferentes, nos mostra que é preciso pensar e promover reflexão sobre o assunto. As pessoas precisam respeitar as outras, independentemente das escolhas, estilos e crenças", ressalta o prefeito Victor Coelho, que participará do evento.

 

Haverá, ainda, culto ecumênico e apresentações de capoeira, com o grupo Filhos da Princesa do Sul, dos mestres Paulinho e Airton; de bate-flecha, com o grupo São Sebastião, da mestra Dona Isolina; de caxambu, com o grupo Santa Cruz, de Monte Alegre, da mestra Maria Laurinda; de música gospel, com o cantor Gilberto Garcia; e de canções católicas, com o grupo de louvor da Matriz Velha.

 

"A princípio pode parecer desnecessário, em pleno século 21, falar da intolerância religiosa e da importância do respeito pela fé do outro. Mas, quando vemos pessoas e templos sendo atacados, é sinal que precisamos nos conscientizar e colocar o dedo nessa ferida. Eu diria que, mais que tolerância, é necessário amor. É inaceitável que as pessoas continuem sendo agredidas em nome de Deus", comenta a secretária de Desenvolvimento Social de Cachoeiro, Márcia Bezerra.

 

Data homenageia sacerdotisa vítima de intolerância

 

Oficializada, em 2007, pela Presidência da República, a data rememora o dia do falecimento da Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum (BA), vítima de intolerância por ser praticante de religião de matriz africana. A sacerdotisa foi acusada de charlatanismo, sua casa foi atacada e pessoas da comunidade foram agredidas. Ela morreu de infarto, em 21 de janeiro de 2000.

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