Por que não menos assessores? - Jornal Fato
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Por que não menos assessores?


A Câmara de Cachoeiro demorou demais a promover o debate sobre a redução de vereadores e agora corre contra o tempo para poder diminuir despesas, pois precisa aprovar qualquer alteração para o próximo pleito antes de 3 de outubro.

 

Tanta pressa deixa pouco espaço para alternativas consensuais. Haverá enfrentamento dos que são a favor e dos que são contra a redução a título de mais ou menos representatividade ou saúde financeira.

 

A população parece já ter definido que menos parlamentares é melhor. Talvez, até, por não compreender que, com 13 ou 21 vereadores (limite máximo estabelecido em lei para cidades do porte de Cachoeiro), os custos para os cofres públicos serão exatamente os mesmos, ou seja, 6% do orçamento mensal da prefeitura, pouco menos de R$ 12 milhões anuais, segundo os balancetes do legislativo.

 

Na verdade, os salários dos vereadores custam à Câmara a metade do que o do pessoal nomeado por eles. São mais de R$ 153 mil gastos com assessores mensalmente e o vencimento dos 19 vereadores somados chega a R$ 77 mil, em ambos os casos sem contar encargos - previdência, férias e 13º.

 

Com a redução de dois vereadores, no mínimo, a pretensão é economizar R$ 480 mil por ano. Mas, se ao invés disso, a Câmara reduzisse à metade os gastos com assessores, a economia anual seria de R$ 900 mil.

 

Não fica claro o motivo de se optar por diminuir o número de vereadores e não o de assessores. Seria esta opção até moralizadora, pois casos recentes mostraram que parlamentares, além de seus próprios salários, "complementavam" a própria renda retendo parte dos vencimentos de seus assessores.

 

"Os olhos olham, e por verem tão pouco, procuram o que deve estar faltando e não encontram."

José Saramago

 

Sobe

Sergio Damião

O cronista Sérgio Damião, que escreve aos domingos no FATO, lança seu novo livro, intitulado "O Luar de Cachoeiro", no dia 2 de outubro, no Auditório da Unimed Sul Capixaba. "A obra enriquece tanto sua produção literária quanto a cidade e nosso Estado", elogia David Lóss, presidente da Academia Cachoeirense de Letras.

 

Desce

Domingo na Praça

Neste domingo (13), excepcionalmente, não haverá interdição da Avenida Beira Rio e "Domingo na Praça". O objetivo é facilitar o acesso ao Encontro Diocesano de Círculos Bíblicos, que acontecerá no Pavilhão de Eventos da Ilha da Luz, a partir das 9h00, e à Feira da Bondade, no Parque de Exposições.

 

Aspas

"Os professores deveriam ganhar como os vereadores e não o contrário"

Do vereador Elias de Souza (PT), defendendo seu quinhão

 

 

Vias de FATO

O vereador Wilson Dillen (sem partido) disse na Câmara o que esta coluna já apregoa há tempos. Os problemas de Cachoeiro não começaram hoje. Vêm de muito tempo.

 

Textualmente, disse: "se originam de decisões equivocadas tomadas há mais de 30 anos, como nas questões de mobilidade urbana e a cidade cresceu desordenadamente".

 

O vereador Lucas Moulais (PTB) acha que "Meu Pequeno Cachoeiro" não é música adequada para ser hino oficial do município, que carece se tornar grande Cachoeiro.

 

Muito confusa a apresentação do Plano Mobilidade, pela Agersa, ontem. A plateia não conseguiu entendeu boa parte das informações, passadas de forma embaralhada.

 

O governador Paulo Hartung era aguardado no evento, mas não conseguiu chegar a tempo. Foi direto para assinar a ordem de serviço na Casa dos Braga.


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