O tempo e o vento - Jornal Fato
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O tempo e o vento


Assim, o barco desliza tranquilamente pelo mar, que por sua vez parecia respeitar a necessidade de paz.
Pois em alguns momentos, principalmente quando dentro estamos muito aflitos ou inseguros, ou seja, barulhentos, nada como poder se ancorar em alguma tranquilidade, mesmo que ela esteja sentadinha sem fazer barulho dentro de nós, bem ao lado do nosso silêncio.
Nada de conversas ou perguntas...
... Apenas a paz, o descanso, e o conforto das leves ondas a passar.
Dava até mesmo para peixe pescar.
E assim em uma ilha aterrissar, lá estacionar, se divertir um pouco sem pressa, pois é fato, que a noite vai chegar e ao barco poderei retornar.
Alguns momentos da vida não tem como escapar, fugir ou ainda falsear. Passamos por esses momentos de não enxergarmos um palmo a frente dos olhos.
Momentos para serem vividos como outro qualquer, respeitando as ondas e com elas as fases da vida.
Encontrar espaço para respirar e sentir o cheiro e o frescor do que á de melhor, mesmo que externamente aparentemente não tenhamos nada a comemorar, pode soar um tanto quanto estranho.
Mas ao mesmo tempo, pode nos revelar que a vida não precisa estar perfeita para ser boa e ser desfrutada.
Podem ainda nos dizer, que muitas vezes barulho de mais não servem para dizer coisa alguma, ao passo que o silêncio pode nos dizer muitas coisas, basta pararmos e termos coragem para ouvir.
São essas as lições que o tempo e o vento sussurram para nos ensinar e felizes somos nós que nos permitimos aprender e apreciar.

Janine Bastos


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