O interesse que tenho em acreditar numa coisa não é a prova da existência dessa coisa.

Voltaire

Agora, quando as eleições se aproximam, começam a vir à tona os discursos de oportunidade, como aquele que defende a eleição regional de candidatos. Mas, o fato de se votar em político da própria região não deve ser critério prioritário.

 

Muitos já foram eleitos, mas, depois, mudaram também seus domicílios eleitorais. Basta ver os dois senadores, que começaram em Cachoeiro e hoje, com projeção estadual, se estabeleceram na metrópole. Isso não faz melhor ou pior o seu trabalho.

 

Eleger presidente, senador, governador e deputados do seu município não garante que esses políticos irão representar condignamente seus eleitores. Fosse assim, não teríamos, eleição após outra, prefeitos contestados e vereadores na berlinda.

 

O que ocorre com as tentativas de voto Norte, Sul, Leste ou Oeste é a reprodução, em escala maior, dos currais eleitorais tão próprios das eleições para Câmaras Municipais, como se fossem representantes de um bairro, quando deveriam ser de toda a cidade.

 

Cachoeiro tem 70 bairros e distritos, mas apenas 19 vereadores. O Espírito Santo tem 78 municípios, mas só 30 deputados estaduais, dez federais e dois senadores. Não é, assim, possível, cada um deles ter seu representante.

 

Em eleições, sejam elas municipais ou gerais, o primeiro critério de análise deve ser, no caso de mandatários ou políticos de carreira, a ficha criminal e a folha de serviços prestados nas oportunidades que teve. E dos novos, sua história de vida, atuação política, se há, e profissional.

 

Onde o político nasceu, importa menos do que o compromisso, republicano, que ele possa assumir e cumprir com seus eleitores. Não são os candidatos de fora que tiram o espaço dos políticos daqui. É a incapacidade de gerar lideranças num ambiente viciado pelas velhas práticas que perpetuam os mesmos grupos, quando não indivíduos, no poder.

 

DESASTRE. A queda de pedra de 50 toneladas sobre trabalhadores em Itaoca acabou por provocar a morte de um deles, João Batista Guimarães Madeira, de 62 anos, no hospital. Os outros dois feridos continuam internados

 

Sobe

Weydson Ferreira

Um dos cabeças da Prefeitura de Cachoeiro, o secretário de Governo, Weydson Ferreira teve sua importância explicitada como ainda não havia acontecido, ao ser designado coordenador do programa de R$ 55 milhões em investimentos. Embora o posto pudesse ser almejado por pré-candidatos, a escolha foi técnica, pois o secretário garante que não será candidato nestas eleições.

 

Desce

Violência

A prostituição que corre solta nas ruas de Cachoeiro tem deixado vítimas. Quando não travestis e prostitutas, os clientes, como no caso do tenente do Exército assassinado há dois anos a facadas por um travesti. O motivo: desentendimento quanto ao pagamento do programa que, ficou provado, sequer foi realizado.

 

Mas, hein?!

Antes de embarcar para missão na China, o prefeito Victor Coelho disse que pretende fazer os chineses "abrirem os olhos" para as oportunidades que Cachoeiro de Itapemirim oferece.

 

Vias de FATO

 

A Secretaria de Estado da Saúde recebeu 17 notificações de casos suspeitos de febre amarela no primeiro bimestre. Até agora, três foram confirmados e um descartado.

 

Os casos confirmados no Estado são de febre amarela silvestre, ou seja, com transmissão ocorrida na área rural. Os demais estão sob investigação.

 

De acordo com informações enviadas pelos municípios, 3.085.811 pessoas foram imunizadas contra a febre amarela em todo o Estado,

 

O número representa uma cobertura vacinal de 85,94% da população capixaba. Foram distribuídas 3.666.360 doses para todo o Estado.

 

Como esperado, aos poucos a oposição ao prefeito Victor Coelho vai se formando e, com a tensão pré-eleitoral, deixa de ser criteriosa, para se tornar sistemática, em alguns casos.