Vagas são usadas como vitrines - Jornal Fato
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Vagas são usadas como vitrines

No bairro Nova Brasília, carros à venda ocupam vagas em vias pública e geram reclamações


Em Cachoeiro não é fácil encontrar vagas para estacionar carros e motos que circulam pela cidade. A situação fica ainda pior, quando ruas, avenidas e até calçadas são usadas como vitrine para expor veículos que estão à venda.

 

A Avenida Aristides Campos, no bairro Nova Brasília, é bem movimentada. E lá, o problema é evidente. No local, os veículos com informações, como o ano de fabricação, ficam estacionados durante todo o horário comercial, como num feirão a céu aberto.

 

Mas, quem trabalha e tem negócios na região não fica satisfeito. Para o comerciante, Fernando Garcia, esses carros prejudicam o movimento do comércio local.

 

"Quando as pessoas do comércio utilizam estacionamento, ele tem rotatividade. As pessoas que trabalham aqui perto, por exemplo, retiram os seus carros no horário de almoço e liberam vagas para outros. Mas esses carros são colocados pela manhã e só saem no fim do dia", explica o empresário Fernando Garcia.

 

O gerente José Sérgio Xavier ressalta a dificuldade dos consumidores encontrarem vagas. "É ruim porque se não tem vaga perto. O cliente tem que andar um pouco mais."

 

De acordo com o proprietário de alguns veículos, que não quis se identificar, os carros são particulares, emplacados e têm o mesmo direito que outros de ficar estacionado nas ruas. Ele informa ainda que essa prática tem sido comum em vários pontos da cidade.

 

Entretanto, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano ressalta que ninguém pode ocupar área pública para qualquer tipo de comércio sem autorização da Prefeitura. O Departamento de Fiscalização e Postura tem realizado ações para impedir essas práticas. "A população que identificar essas atitudes, seja de empresa ou pessoa física, pode denunciar pelo telefone 156", explica o responsável pela pasta, Cidinei Rodrigues Nunes.

 

Na denúncia não é preciso se identificar e o cidadão pode anotar um protocolo e acompanhar o processo de investigação realizado pelo fiscal, que identifica os proprietários e aplica a notificação, que se não atendida, pode gerar uma autuação.

 

De acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), em Cachoeiro estão emplacados mais de 80 mil carros e motos.

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