Quem vence?

Uma coisa é certa: a disputa fica entre Lorena e Ferraço

02/10/2024 08:42
Quem vence? /Fotos: Arquivo/FATO

Quando tencionei aqui desta coluna, com fundamento em pesquisa razoavelmente crível, que Ferraço seria o vencedor do pleito, ressalvei que o prefeito Victor-Lorena teriam condições de, eventualmente, reverter o quadro. Nos últimos dias apresentaram tacadas consideráveis: Lorena Vasques teve o melhor desempenho no debate de A Gazeta; a aparição do governador Renato Casagrande confirmando o apoio à candidata, que é de seu partido, e, por último, uma manifestação calorosa no centro da cidade.

Muda o quadro?   Em tese, a rigor, fica a dúvida se os dois fatos relacionados possuem o tamanho necessário de um fenômeno eleitoral. Uma coisa é certa: a disputa fica entre Lorena e Ferraço. Mas o que permanece evidente é uma mudança técnica clara nos rumos da campanha: os programas veiculados estavam maltratando Lorena. Enredos sofríveis e elementares com o sacrifício da postura dela. A partir do momento em que pode enfrentar de frente os problemas, falando no olho do telespectador, cresceu e mostrou que é uma candidata que passa confiança ao eleitor. Era uma outra pessoa.

No debate, induvidosamente, foi a melhor. Não era aquela moça que lecionava para os telespectadores como se inventou o ar refrigerado, mas que o prefeito Victor dotou as escolas do conforto que os alunos fazem jus. Ou seja: a melhoria da qualidade de vida da população. Resumindo: até mesmo sua imagem era outra. Falou com firmeza, de frente, sem tergiversações fúteis.

Por outro lado, o candidato Diego Libardi, que se apresenta normalmente com ?pompa e circunstância? não passa confiança. Se perde em mil promessas.  Sequer consegue dizer, com firmeza, a razão pela qual não apresentou um plano para nosso tão sofrido meio ambiente. Mesmo confirmando que é profissional do ramo. Mas teve tempo para enfatizar que, ideologicamente, é ?de direita? pra não perder votos para o vereador Léo Camargo, prosélito de Bolsonaro. Mas, a rigor, a campanha não foi nacionalizada em todo o país. Nem Bolsonaro nem Lula produzirão efeitos eleitorais.

Mundo estranho onde transita esse moço Libardi que não soube sequer dizer o porquê de amigo íntimo se tornou inimigo de Ferraço. A ponto de lançar críticas cruéis à pessoa do deputado, relevando um sectarismo desnecessário e atroz. Aliás, acompanhado dos deputados Bruno Rezende e Alan Ferreira.  Triste campanha que aponta para o futuro.

Carlos Casteglione, no debate, preferiu relembrar obras que realizou como prefeito e foi o único que não enrubesceu e tocou num projeto de meio ambiente cobrado aqui desta coluna. Aliás, absurdo que os outros candidatos tenham passado em branco em tema de tamanha relevância para a, digamos, humanidade. Com incêndios criminosos pipocando na cidade...

O experimentado Ferraço, do alto de sua experiência, preferiu não comparecer. Achou ? e neste ponto pensou certo -  que a artilharia estaria toda voltada pra cima dele. Teve prejuízo com a ausência?  Seus consectários acham que não. Ele não é de fugir dessas brigas... Mas fugiu. Só o resultado das eleições dirá, já que ele, sem dúvida, até hoje é o favorito. Sente-se no ar, no entanto, um vazio com sua ausência. Abriu um flanco em favor de Lorena, principalmente.

Léo Camargo, que é vereador e jovem ainda tem tempo para aprender alguma coisa, pois ?Cachoeiro acima de tudo, Deus acima de todos?. Se aprendeu até hoje, não mostrou no debate.  

Os próximos dias, apesar dos números da pesquisa, parecem ser decisivos. Ferraço não pode cometer erros, assim como Lorena tem que acelerar o carro na mesma direção dos últimos dias. Dessa corrida serão feitos os próximos dias.  Penso, salvo engano, que o dois estarão disputando a responsabilidade de administrar Cachoeiro.