O que vai acontecer?

Ferração ficou na cabine, com Var, de olho nos movimentos dos pré-candidatos adversários. E conversou com um por um.

29/05/2024 08:25
O que vai acontecer? / Foto: Assembleia Legislativa

A velha raposa Ferração, experiente que nem ele, deixou para fazer o lançamento de sua pré-candidatura depois de checar, minuciosamente, os times dos adversários que já tinham entrado em campo.  Ficou na cabine, com Var, de olho nos movimentos dos pré-candidatos adversários. E conversou com um por um.  O vento da praia é bom pra isso, e para tanto, recebeu os pré-candidatos, exceto Diego Libardi, que já foi seu pupilo, hoje seu adversário fiel. Ele acabou esquentando a batata de Diego.

Cada pré-candidato que pisava em sua casa, em busca de apoio, era, em verdade, o reconhecimento de sua proeminência, pois cada um deles ia buscar apoio, com conversa de que procuraram assimilar experiência. Dizíamos aqui que Ferraço tinha ? e tem ? projetos ambiciosos. E usou cada um deles para efetivá-los.

Ferraço, velho de guerra, traz um trauma no inconsciente: a derrota para Casteglione, do PT, em 2007. Não fez campanha, achando que estava eleito, mas se enganou. Casteglione era relativamente um político desconhecido, embora deputado estadual, mas tinha o apoio de Lula, na presidência.  Os apoiadores de Ferraço, mais precisamente os candidatos a vereador, se escondiam na casa de Camilo Cola, já que o empresário não ficava longe do poder. A traição foi em massa.

Semana antes do pleito, dias antes do debate da TV Gazeta, quando lhe disse que a eleição estava perdida, entrou em parafuso. ?Você só pode estar louco!?, asseverou. Teve boa atuação no debate, mas não deu tempo de segurar uma derrota que já se pronunciara, sorrateiramente. Foi um trauma. Não entra mais em campanha sem se preparar, contundentemente. Juntou os empresários, com sua experiência, trouxe o vereador Juninho para seu vice. Aliou seu arrojo com os bolsonaristas e o poder econômico do pessoal do mármore e granito.

Por sua vez, Juninho, vereador que ambicionava a Prefeitura, decidiu optar pela carreira religiosa. Só estava esperando terminar o mandato. Agora, aparece no cenário, ocupando amplos espaços na mídia, como um possível ?ainda! ? candidato de Ferraço. O que se pergunta é o seguinte: ?Se vai abandonar a carreira de religioso, por que não é cabeça de chapa? Há algum acordo para gerir a máquina municipal por um tempo??. Tudo são especulações e jogadas para permanecer na mídia algum tempo.  O que é, convenha-se, uma jogada inteligente. Produzirá desgastes? Só tempo dirá.  Mas Ferraço precisa tomar cuidado.

   Uma vitória é um prêmio para família Ferraço.  Ricardo quer ser governador, Norma, deputada e vai por aí... Mas quem será o adversário de Ferração?  O governador, mesmo sendo da PSB, apoiará a candidata Lorena Vasques ou Ferraço?  É a pergunta que será perseguida durante todos esses dias e precisa ser respondida.

Uma outra pergunta: os dois deputados ? Alan e Bruno vão continuar apoiando Diego, eles que juraram, de pés juntos, essa fidelidade, criticando até mesmo crônica deste jornal. É o que se verá... Diria meu velho avô, rapadura é doce mas não é mole não!!!

Qual a estratégia do prefeito Victor: em tese, para qualquer principiante, é juntar a Lorena Vasques no meio das obras que serão inauguradas. Vai ser a luta para uma renovação política, juntando, com isso, o fato de que Victor precisa escolher um vice que possa dar suporte à Lorena. Ou, como disse um forrozeiro, trazer Maryane Ayder e Mestrinho para dançar o forró na praça durante a festa da cidade...