A briga vai começar...

Diego Libardi diz que Ferraço "já não tem mais condições de administrar" e que seu vice, Júnior Corrêa "não sabe o que quer da vida"

13/09/2024 10:03
A briga vai começar... /Fotos: Divulgação

Menos de um mês antes da eleição municipal, o candidato Diego Libardi (Republicanos) partiu com firmeza pra cima do candidato Ferraço (PP) que, aliás, vem liderando a campanha desde o início, segundo pesquisas que rolam por aí.  Diz que Ferraço ?já não tem mais condições de administrar? e que seu vice, Júnior Corrêa ?não sabe o que quer da vida:  ser padre ou político?.  Com isso, deixou os outros candidatos de lado. Como se dissesse assim: ?meu adversário é Ferraço e os empresários do mármore e granito?.

A grande verdade é que coragem não lhe está faltando, pois vem pedrada por aí.... Por quais razões, não se sabe, Libardi diz ?Ferraço tem medo de mim...?.  É o que veremos nesse anunciado pugilato eleitoral...

Por outro lado, o prefeito Vitor, através de um pronunciamento verdadeiro, vem tentando justificar o aumento na cobrança do IPTU. Assunto enormemente explorado pelos seus adversários. Disse a ele que a justificativa legal, na eleição, era inócua, mesmo sabendo, por exemplo, que o Tribunal de Contas ameaçava o Prefeito de tipificá-lo em crime de improbidade ou equivalente. O que estava querendo dizer, em síntese, é que há uma defasagem grande entre a realidade técnica do julgamento e a realidade do contribuinte. É nesse momento que aparecem os candidatos oportunistas para, usando os meios descritos anteriormente, produzem uma festa.

Vai crescer a campanha nas redes. Para não ficar somente no campo especulativo, gostaria de fazer algumas ponderações sobre as redes sociais. Em pleno debate político, nem todos têm consciência que o que começou como uma plataforma de debates, destinada a democratizar o acesso à informação e dar voz a todas as pessoas, a rigor, converteu numa ?terra de ninguém?, em que estelionatários da jogatina, charlatões da medicina e extremistas prosperam, contando, muitas vezes, com a impunidade do suposto anonimato. 

Ora, as plataformas, que deveriam funcionar, digamos, como um árbitro, me ensina Bruno Astuto, se beneficiam do caos que criam. Ou seja: cada curtida, cada compartilhamento, cada visualização gera lucro, independentemente de o conteúdo ser verdadeiro, informativo ou destrutivo.

Bem, onde quero chegar com isso? Como o eleitor pode separar ? para usar uma expressão   antiga ? o joio do trigo? Ou, melhor dizendo, como pode escolher um candidato que está falando verdade? Não quero ser pessimista, mas não creio que seja resultado da falta de rapidez na regulamentação legal.

A velocidade da tecnologia é muito maior do que a legislação. A primeira, por óbvio, é imediata. Ora, a segunda, a legislação, é resultado de diálogos coletivos, é racional, metódica e lenta. Daí decorre a grande defasagem reclamada por todos e causadora das grandes injustiças.

Creio que, a partir de agora, o eleitor deverá tomar muito cuidado. Pelo clima nos bastidores a campanha vai esquentar, sobretudo, nas redes. Sobretudo porque o tempo na TV é pouco.

Por outro lado, é de registrar a ausência do governador Renato Casagrande na campanha. Esperteza política não lhe falta. Basta dizer, como prova insofismável disso, que saiu de Castelo para alcançar os mais altos postos na política capixaba. Seja o que Deus quiser...