Um pedacinho da história da ACL

Há 62 anos, na Escola de Comércio, seis jovens estudantes, um teatrólogo e um professor, se reuniram e resolveram fundar uma instituição cultural, a Academia Cachoeirense de Letras "Benjamin Silva"

09/05/2024 08:24
Um pedacinho da história da ACL /Foto Reprodução/Instagram

No dia 12 maio de 1962, há 62 anos, portanto, em uma das salas de aula da Escola de Comércio, seis jovens estudantes, um teatrólogo e um professor, se reuniram e resolveram fundar uma instituição cultural. Deram-lhe, inicialmente, a denominação de Academia Cachoeirense de Letras ?Benjamin Silva?. Dessa primeira reunião lavrou-se uma ata, que foi assinada pelos presentes: Evandro Moreira, Bruno Torres Paraiso, Sérgio Gonçalves Lofêgo, José Augusto Marcos Coutinho, José Elias Aoni Filho, Solimar Soares da Silva, Marco Antonio Coelho e Paulo de Tarso Medeiros. Consta dessa primeira ata:

 ?(...) Atendendo à convocação feita por meio de jornais, da Rádio Cachoeiro de Itapemirim e de convites pessoais, reuniu-se um certo número de intelectuais sob a presidência do poeta Evandro Moreira, o qual de posse da palavra explicou o objetivo da reunião: fundar-se uma associação de literatos, o que de há muito Cachoeiro necessita. Assentou-se que a denominação seria ?Academia Cachoeirense de Letras ?Benjamim Silva?, sendo que o termo ?Letras? motivou discursos paralelos. O teatrólogo Aoni Filho esclareceu à assembleia que não era presunção adotar-se o termo em epígrafe. Declarou-se então fundada a Academia, estabelecendo-se a data de 19 de maio, às 14 e 30 horas, como a da próxima reunião, para a qual seriam distribuídos novos convites em forma de circular. Adotou-se também a pauta da sessão seguinte: a fixação do número de cadeiras e respectivos patronos, após estudo mais apurado. (...).?

Uma semana depois, ou, mais precisamente, no dia 19 de maio, realizou-se a segunda reunião, desta feita na Casa do Estudante. Eis um trecho da segunda ata:

?(...) Novamente em pauta o problema da denominação: um grupo classifica de muito longa e incômoda a denominação de ?Academia Cachoeirense de Letras ?Benjamin Silva?. Outro grupo, tendo à frente o prof. João Baptista Herkenhoff, propõe que a entidade se denomine Academia Cachoeirense de Letras, proposta esta que levou a melhor, apesar da aposição do primeiro grupo liderado pelo prof. Sérgio Lofêgo. Estabeleceu-se ainda que Benjamin Silva mereceria outra homenagem especial: seria patrono da cadeira número um. (...).?

Nesse mesmo dia 19, foi eleita a diretoria provisória da Academia. A essa reunião compareceram 16 intelectuais: Evandro Moreira, Bruno Torres Paraíso, Sérgio Gonçalves Lofêgo, José Augusto Marco Coutinho, José Elias Aoni Filho, Solimar Soares da Silva, Marco Antônio Coelho, Paulo de Tarso Medeiros, Tróphanes Ramos, Lourival Serrão, Eliseu Lofêgo, Raymundo Estevão Pereira, Ney Santos Vianna, Paulo Estellita Herkenhoff, Pedro Estellita Herkenhoff, João Baptista Herkenhoff.

Desses 8 membros fundadores da Academia, apenas 5 permanecem em atividade (Evandro Moreira, Bruno Torres Paraiso, José Augusto Marco Coutinho, Paulo de Tarso Medeiros, além do signatário). Os demais já se despediram e tomaram o rumo da eternidade.