O Sol

Algo poderoso e único para todos os seres vivos

22/08/2023 08:38
O Sol /Foto: Reprodução/Web

Quando assistimos o assanhamento dos primeiros raios solares em uma praia, sobre pedras e montanhas do entorno do vale de Cachoeiro de Itapemirim ou em qualquer outro lugar do mundo, temos a certeza de que a luz do nosso astro maior é a transcendência no universo. Nossa referência e valor maior da natureza. Fonte da divindade. Algo poderoso e único para todos os seres vivos. Os animais entendem bem, demonstram alegria com sua chegada: cantam, saltam e correm pelos campos, e apresentam muitas outras manifestações, um entendimento e agradecimento ao poder solar. Os seres humanos, portadores da inteligência, desvendaram mistérios, descobriram planetas e satélites. Determinaram a velocidade da luz e do som. Introduziram cálculos matemáticos. Viajaram no espaço. Mas esquecem de reverenciá-lo, de festejar sua chegada. Perderam a sensibilidade dos povos antigos. Perderam o sentido da visão. Deixaram de olhar o céu. A humanidade acostumou-se com a rotina do seu nascimento diário. Deixam de demonstrar alegria com sua presença em manhãs ensolaradas. Por isso, deprimem-se na escuridão. Não enxergam sua claridade. Deixam de vislumbrar seu poder mágico.

A lua, diferente do sol, pertence aos românticos. Aparece durante o dia, mais ainda na escuridão da noite. Muda de formas, seduz o ser humano, influencia seus cabelos, seus mares e até a atividade cerebral. Pela sedução, nos leva à loucura da paixão amorosa e a outras paixões. Para tudo isso, depende do sol. Ela também, como as estrelas, reverencia o sol. Sem o sol, as nuvens escuras escondem a lua e nos amedronta. O medo se apresenta. Vivemos assim, seduzidos pela lua e desejando o sol. Desde os povos antigos - incas, maias, astecas, egípcios, adoramos o sol. Alegramos-nos com sua presença, calor e força. Uma alegria mais que física. Em dias nublados, com o sol tímido, sentimos sua falta. Esquecemos disso na correria do dia a dia. Esquecemos do seu valor quando nos escondemos em casas, escritórios, shoppings e locais iluminados artificialmente. Nos campos, em cachoeiras e montanhas, nos locais reservados à natureza, na beira do rio Itapemirim, com o contato do sol em nosso corpo, festejamos e temos a chance de agradecer pela vida.

O sol se despede em fim de tarde. No crepúsculo nos envia um até logo. Deixa-nos a noite e a companhia da lua, nosso satélite, para que possamos aguardá-lo em outro dia que por certo virá. Deixa-nos a esperança para o ciclo da vida na terra. Deveríamos celebrar o fim do dia, reverenciá-lo. Além da admiração pelo seu poder e beleza, desejar e pedir o seu retorno. Vários são os locais para admirar o pôr do sol, alguns privilegiados: Praia do Arpoador (com o Morro Dois Irmãos ao fundo) ? RJ; João Pessoa ? Paraíba; Rio Guaíba ? Porto Alegre; Mar Egeu, na Turquia; Ponte de Vila Velha para Vitória ? ES. E o local mais belo de todos: BR 101 ? com vista do campo e o sol por trás do Frade e a Freira, a imagem pertence a Cachoeiro, Rio Novo do Sul, Vargem Alta, Itapemirim e a todos capixaba.