Marilene

Marilene De Batista Depes é cachoeirense e primeira mulher a presidir a Academia Cachoeirense de Letras (ACL)

11/01/2022 10:34
Marilene /Foto: Divulgação/Instagram

Esposa há mais de 50 anos de Ronaldo Depes. Mãe e avó.  Formada em História e Direito. Passado de Coordenadora do Liceu Muniz Freire e Diretora da Escola Zacheu Moreira do Fraga. Experiente gestora municipal na área social. Participação nos Conselhos Municipais de Cultura, dos Direitos dos Idosos e da Mulher. Cronista semanal da Revista Leia e do Jornal Espirito Santo de Fato. Cinco Livros publicados. Com essa história de vida, nada mais justo que as homenagens: Comenda Rubem Braga em 2018 e Cachoeirense Presente em 2019.

Seu último livro é isso: um presente de mulher, e de mulheres (Luciana e Célia), para nós homens. Isto é: de mulheres para homens. Uma forma diferente de dizer: somos todos iguais. E quando alguma diferença se apresenta, mesmo em suas formas mais simples, é só prá mostrar a beleza e complexidade das coisas da vida. Nas entrelinhas das narrativas do livro, concluímos: Somos semelhantes. Porém, diferentes. E para narrar a complexidade das coisas simples da vida, Marilene utiliza sua escrita com maestria.

Escrita ? instrumento de luta, de Marilene Depes, tem uma capa belíssima, realizada pela confreira Luciana Fernandes. O contraste do antigo (máquina de escrever) que nos leva a pensar nos antigos cursos de datilografia que nossos pais obrigavam a fazer como se fosse a garantia de um emprego e de uma profissão, junto ao teclado de computador, nos leva a pensar que a geração atual já nasce com a habilidade da digitação. A beleza se completa na alternância das cores rosa claro ao branco. O contraste final fica por conta dos óculos e a capa do celular, tudo remete a um cenário futurístico visitando presente e passado.  

A apresentação, prefácio, Da Escrita- instrumento de luta, é realizado pela também confreira, da Academia Cachoeirense de Letras, Célia Ferreira (considerada por Marilene com a anuência de todos nós: a nossa melhor cronista). Célia afirma que Marilene surpreendeu a todos ao acrescentar à comodidade da vida confortável que conquistou componentes inesperados, como a aceitação da diversidade e a necessidade da inclusão dos discriminados ou marginalizados por tantas condições. Completa: ?Marilene, na atualidade, não surpreende mais ninguém ? e isso é muito bom. Sabemos sempre o que esperar dela e de suas crônicas: sensibilidade, generosidade e disposição para a luta.?

Na Escrita ? instrumento de luta são 120 crônicas. Os temas são variados, o que não é uma novidade para esse gênero literário. A crônica retrata o cotidiano, um filme diário onde participamos ora como atores principais; ora com meros coadjuvantes; e na maioria das vezes como narradores atentos da vida. Marilene consegue associar essas diversas funções. Atuando e observando as coisas da vida, criando textos corretos em momentos oportunos. Proporcionando uma escrita que diverte, esclarece e sensibiliza. Sem nunca esquecer a indignação para mudar comportamentos.