Pessoas que fazem tratamento de câncer podem usar máscara de pano - Jornal Fato
Saúde

Pessoas que fazem tratamento de câncer podem usar máscara de pano

Médica explica que cuidados oncológicos não podem ser interrompidos e que a proteção de tecido é segura para quem precisa sair de casa


A rápida propagação do coronavírus desafia autoridades mundiais de saúde. Para ajudar as pessoas que cumprem medidas de isolamento social a se protegerem nos momentos em que precisam ir ao supermercado ou à farmácia, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras de tecido como barreira física contra a Covid-19. Elas também são uma opção a mais para quem faz tratamentos oncológicos e necessita sair de casa com frequência para receber cuidados médicos.

A radio-oncologista Anne Karina Kiister Leon, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), explica que a máscara pode ser usada por todos, incluindo pessoas com câncer sem sintomas gripais.

"Paciente de câncer sem sintomas gripais pode ir para a clínica usando a máscara de pano sem problema algum. O importante é não interromper o tratamento e estar atento às medidas de higiene ao chegar ao local, como lavar bem as mãos e usar o álcool gel", afirma Anne Kiister.

De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a proteção impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente.

Anne Kiister orienta higienização das mãos antes e depois de manusear a máscara de tecido. Crédito: Julia Terayama

"A diferença é que a máscara de tecido tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual", recomenda Mandetta, que aconselha a troca da proteção a cada duas horas. Por isso, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas.

Este tipo de barreira física precisa ter duas camadas de pano e pode ser confeccionada em tecido 100% algodão, como tricoline. Anne Kiister frisa que seja qual for o material escolhido, é fundamental estar com as mãos limpas ao manusear a proteção.

"O importante é que fique bem ajustada ao rosto, presa atrás das orelhas. Na hora de colocar, deve-se pegar a máscara pelas laterais, segurando pelo elástico, e não tocar a boca e o nariz com as mãos", explica a médica.

Segundo Anne Kiister, panos multiuso, como o Perfex, podem ser dobrados e utilizados como máscara com a ajuda de elásticos de cabelo, mas ao final do uso, eles devem ser descartados no lixo.

A especialista lembra ainda que a máscara caseira não substitui as demais medidas anunciadas pelo Ministério da Saúde.

"As pessoas têm que permanecer isoladas. A máscara é para ser usada quando for preciso sair de casa para ter uma outra proteção além de principalmente lavar as mãos com água e sabão, e passar álcool gel. Ao tossir ou espirrar é preciso também proteger o nariz e a boca com a parte interna do braço. Essa proteção de tecido é uma coisa a mais. Ela não exclui nenhum outro cuidado", afirma Anne Kiister.

 

Sobre o IRV

Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.

O IRV possui convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.

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