Medula Óssea: 670 pessoas vão à praça num gesto de solidariedade - Jornal Fato
Saúde

Medula Óssea: 670 pessoas vão à praça num gesto de solidariedade

Hoje no Brasil são cerca de 850 pessoas na fila da doação e uma dela é aqui de Cachoeiro. Anna Luísa Trugilho da Cunha tem apenas 13 anos e está com leucemia

Créditos: Wagner Gomes
A ação começou às 9h00 e foi finalizada às 16h00, quando os últimos doadores foram deixando a praça - Ronaldo Santos

Solidariedade e amor ao próximo. Essas são palavras que definem exatamente o que ocorreu no sábado (16), na praça Jerônimo Monteiro, no centro de Cachoeiro de Itapemirim, onde 670 pessoas, entre 18 e 54 anos, foram se cadastrar para ser um doador voluntário de medula óssea.

Primeiro foi feito o cadastro, onde o doador assinou um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), preencheu uma ficha com informações pessoais e autorizou a coleta de sangue. A amostra de sangue será analisada e as informações incluídas no banco de dados do Hemocentro.

Depois da análise, havendo compatibilidade com algum paciente que necessita do transplante em qualquer lugar do Brasil, o doador será consultado para decidir quanto a doação para a realização do transplante. O cadastro é nacional.

A ação começou às 9h00 e foi finalizada às 16h00, quando os últimos doadores foram deixando a praça. O evento foi organizado pelo Hemocentro de Vitória (Hemoes).

Hoje no Brasil são cerca de 850 pessoas na fila da doação e uma dela é aqui de Cachoeiro. Anna Luísa Trugilho da Cunha tem apenas 13 anos e está com leucemia. Ela precisa de um doador para começar o tratamento e somente o transplante de medula óssea pode trazer de volta a chance de uma vida normal.

De acordo com a coordenadora de captação de doares de medula do Hemoes, Cristina França, o processo de doação de medula ainda enfrenta resistência por desconhecimento do procedimento, que resulta no aumento da fila de espera de pacientes por um transplante. Atualmente, menos de 4% da população capixaba é doadora de medula.

"O cadastro é apenas um procedimento para analisar se existe a condição de ser um doador e análise das características genéticas do indivíduo. Caso algum paciente necessite de transplante, serão cruzadas as informações que determinem ou não a compatibilidade e o cadastrado é convocado. A doação é outro processo", explica Cristina.

Normalmente os principais doadores são pais e mães. A chance de encontrar um doador fora da família é um a cada cem mil. Mesmo com essa pequena possibilidade, fazer o cadastro é importante.  

A busca de compatibilidade primeira é na família do paciente. Vai se buscar entre pais, irmãos, primos. Quando não se encontra a compatibilidade então vai se buscar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), um banco de dados com informações de possíveis doadores para quem precisa do transplante.

O Brasil tem o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo.

 

COMPATÍVEL

Cachoeiro de Itapemirim teve um caso de doador compatível, o senhor Osvaldo Casagrande. Ele conta que fez o cadastro há mais de 10 anos para um amigo que precisava do transplante, e acabou ajudando uma menina de 10 anos.

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