Dia Mundial do Rim: é possível viver bem com a Doença Renal - Jornal Fato
Saúde

Dia Mundial do Rim: é possível viver bem com a Doença Renal

HECI chama atenção para prevenção e cuidados com a Doença Renal Crônica


Foto: divulgação

Há 28 anos, Érica Miranda Gardioli, de 38 anos, é paciente de hemodiálise. Três vezes por semana, ela se dirige à Unidade de Diálise do Hospital Evangélico para suas sessões. A paciente, que descobriu a doença ainda aos 10 anos de idade, conta que o hospital se tornou mais que um lugar de tratamento, aqui ela criou vínculos e fez amizades - "A equipe, as enfermeiras, as técnicas, elas são muito humanas e aqui a gente acaba virando uma família".

Marcado anualmente para o mês de março, o dia Mundial do Rim deste ano acontece nesta quinta-feira (11). A Sociedade Internacional de Nefrologia (SBN) teve como foco a conscientização e a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com doença renal.

A mensagem "Vivendo bem com a doença renal", pretende empoderar o paciente, pensando no bem-estar físico e mental, mesmo em momentos críticos como o atual, durante a pandemia da Covid-19, conciliado com o tratamento, que pode impactar a vida do paciente e dos familiares, afetando atividades cotidianas. Um bom exemplo é o caso da paciente Érica Miranda, atualmente aposentada, porém, apesar da doença, conseguiu concluir os estudos e até mesmo trabalhar como secretária.

A doença renal crônica é caracterizada por uma lesão no rim, órgão do sistema urinário que faz a filtragem de substâncias presentes no sangue e no organismo. Silenciosa e com poucos sintomas, a doença costuma ter um diagnóstico tardio, sendo necessária a realização de diálise ou transplante renal. Por isso, há a recomendação da realização periódica de exames de sangue, com atenção aos níveis de creatinina e urina.

O Dr. Sérigo Damião, Médico Nefrologista do HECI, chama a atenção para o diagnóstico precoce. "Para muitas doenças do rim, existe um período delas em que a pessoa fica em tratamento ambulatorial. Um paciente adulto, acima de 40 anos, com fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, e com caso de portador de Doença Renal Crônica na família, tem que estar atento e realizar os exames necessários, que fazem a dosagem da uréia e creatinina no sangue. Com esse diagnostico precoce, é possível evitar a necessidade da diálise".

No caso das pessoas que estão em um estágio da doença, que necessitam de fazer a hemodiálise, o nefrologista garante: "É possível dar qualidade de vida para essas pessoas, ela pode ter uma atividade profissional e até mesmo realizar exercícios físicos com orientação", recomenda.

Comentários