Cachoeiro tem menos de 3% dos casos de dengue no Espírito Santo

O uso do termonebulizador, novo equipamento adquirido pela Prefeitura Municipal tem sido um forte aliado contra a doença.

28/03/2023 17:11
Cachoeiro tem menos de 3% dos casos de dengue no Espírito Santo /Foto: Ronaldo Santos

Apesar de o Espírito Santo viver uma epidemia de dengue, Cachoeiro de Itapemirim mantém níveis mais baixos. A afirmação é do secretário municipal de Saúde, Alex Wingler Lucas. No Estado, já há 55.425 casos da doença, desses, 1.569 em Cachoeiro. Ou seja, o município responde por menos de três em cada 100 casos em território capixaba.

?Cachoeiro, apesar de ser uma cidade de grande porte, nós temos conseguido manter os números relativamente baixos, graças à mais de 100 agentes de endemias que agem no combate à doença?, disse Wingler em entrevista exclusiva ao FATO.

Para frear o avanço ao mosquito Aedes Aegypt, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya, no munícipio tem sido utilizado o termonebulizador, que consiste em um aparelho que fica acoplado em um veículo e borrifa um inseticida que atinge o mosquito em sua fase adulta.

A fumaça produzida pelo equipamento não é prejudicial à saúde humana, diferentemente da produzida pelo fumacê. Porém é preciso ter cuidados com animais de estimação, protegendo os potes de ração e água. Já nos casos de aves e abelhas é aconselhável retirá-las do local no momento em que está havendo a aplicação.

Foram adquiridos 1,2 mil litros do inseticida. A aplicação começou no dia 17 deste mês e está sendo feita em todos os bairros e distritos de Cachoeiro de Itapemirim, com prioridade para aqueles com maior incidência da doença. Ela ocorre no período noturno, horário considerado ideal para realizar a ação.

Alguns cuidados no combate à dengue são considerados fundamentais pelo secretário de saúde. ?O maior desafio é mostrar ao cidadão que ele precisa nos ajudar nessa batalha, ele precisa evitar água parada, parar de jogar lixo nas ruas e terrenos baldios. A educação da população às vezes é a dificuldade, algumas pessoas fazem e outras não?.

Com a maioria dos focos do mosquito Aedes Aegypt ficam nas residências, a ação da Prefeitura, por mais efetiva que possa ser, será insuficiente para conter as moléstias. A participação de cada cidadão é fundamental na limpeza de quintais e mesmo dentro de casa, na eliminação dos pontos de acúmulo de água parada.

Depois de anos de campanhas de conscientização, os cuidados, poucos ainda não conhecem. Mais uma vez, é hora de coloca-los em prática, para o bem coletivo. Alex Wingler faz um apelo à população. ?Cidadania é cuidar de uns aos outros no dia-a-dia e a gente precisa que isso aconteça?.