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uem nunca tomou remédio sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Seja por conta própria ou indicação de amigos, parentes ou até mesmo através da busca na internet, a automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências ao virar rotina. Conforme a última pesquisa realizada pelo o Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), o Brasil é recordista mundial em automedicação, concluindo que 72% dos brasileiros se medicam por conta própria e 40% faz autodiagnóstico usando a internet.
De acordo com Jeany Andrade Silva, farmacêutica da Rede Compre Certo na cidade de Uberaba (MG), a automedicação é considerada um problema de saúde pública e o uso de forma incorreta pode acarretar o agravamento de algumas doenças. "Alguns medicamentos, quando usados de forma inadequada, podem inclusive esconder determinados sintomas, diminuindo as chances de um médico diagnosticar corretamente determinadas doenças", explica. A profissional ainda alerta que a atenção deve ser redobrada caso o medicamento seja um antibiótico. "Se ministrados de forma incorreta e sem a indicação, podem, inclusive, aumentar a resistência dos microorganismos e compromete a eficácia do tratamento".
Jeany finaliza frisando que o uso de remédios de maneira indiscriminada e sem prescrição pode até aliviar a dor de imediato, mas o ideal é sempre consultar um médico. "Após avaliação da saúde o médico poderá indicar o medicamento correto, evitando consequências graves como reações alérgicas, dependências e até mesmos o óbito", conclui a profissional.