Vítimas de chuvas no sul do ES podem ter benefícios fiscais

Projeto do governo capixaba para alterar lei que regula ICMS deve tramitar em regime de urgência na Assembleia Legislativa a partir da tarde de hoje

22/04/2024 13:35
Vítimas de chuvas no sul do ES podem ter benefícios fiscais /Eduardo Dias

Conceder benefícios fiscais a vítimas das fortes chuvas que atingiram municípios do Espírito Santo, sobretudo na região sul, no mês passado. 

É o que pretende o Governo do Estado por meio do Projeto de Lei (PL) 216/2024, que deve começar a tramitar, em regime de urgência, na Assembleia Legislativa (Ales) nesta segunda-feira (22), com a leitura na sessão ordinária, marcada para começar às 15h.  

O texto sugere alterações na Lei 7.000/2001, que regula o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As principais medidas propostas são as seguintes: isenção do ICMS nas aquisições de bens destinados ao ativo imobilizado (necessários para a produção de uma empresa, como maquinários, equipamentos etc.); prorrogação de prazo para pagamento do imposto incidente sobre as operações ou prestações realizadas nos meses de março a maio de 2024; parcelamento dos créditos tributários referentes às operações ou prestações, que poderá ser recolhido em até seis parcelas mensais, sem quaisquer acréscimos de juros, multas ou demais acréscimos legais; e dispensa do estorno do crédito fiscal referente ao estoque de mercadorias que comprovadamente tenha perecido, deteriorado ou sido inutilizado. ?A medida visa a internalizar o Convênio ICMS nº 14/24, celebrado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que autoriza a concessão dos benefícios fiscais a contribuintes do ICMS localizados nos municípios em que foi decretado Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública, em decorrência das fortes chuvas no Estado?, argumenta o governador Renato Casagrande (PSB), na justificativa da matéria.

Impacto financeiro

De acordo com a declaração encaminhada em anexo pelo titular da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Benício Suzana Costa, o projeto ?não implica aumento de despesas, mas sim renúncia de receitas?. 

O impacto financeiro previsto na arrecadação em 2024 é de pouco mais de R$ 30 milhões, de acordo com a estimativa apresentada pela Sefaz.

Tramitação

O presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (Podemos), apresentou requerimento para que o projeto tramite em regime de urgência na Casa. 

Esse pedido deve ser votado na sessão ordinária. Se aprovado, pode ser convocada reunião extraordinária para que a matéria seja apreciada pelo Plenário ainda na tarde desta segunda-feira.

Ao vivo

Acompanhe a tramitação do PL 216/2024