O prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho (PSB) explicou ontem a decisão de demitir servidores alocados na Prefeitura por indicação do Progressistas, partido que abriga o vice-prefeito Jonas Nogueira e é presidido por ele. Os motivos foram, nas palavras do prefeito, técnicos, mas também políticos. E Jonas, em sua avaliação, preferiu se isolar.

Foi o ato derradeiro de uma ruptura que parecia apenas questão de tempo, depois do imbróglio público, no final de 2018, em que o vice se insurgiu contra a concessão se subsídio de 15 centavos por passagem ao sistema de transporte coletivo. Na época, a proposta, que seria aprovada, ainda tramitava na Câmara Municipal.

"Não adianta, nesse time que a gente tem um propósito, de alcançar resultados, pessoas que não estão pensando da mesma forma que a gente. Buscamos as melhores soluções, tanto na parte política como na parte técnica. A decisão foi um misto das duas coisas. Essas foram as primeiras mudanças de outras que estão por vir. Estou fazendo avaliação muito criteriosa de todas as pastas, não apenas de primeiro escalão, mas de todos os comissionados e quem não remar para o mesmo lado, me desculpa, mas não é esse o meu propósito. Estou muito focado nos resultados e se tecnicamente e politicamente não está funcionando, a vida segue. Quero mostrar resultado para a população que me confiou essa missão de tentar mudar a nossa cidade para algo melhor", disse Victor.

 

RELAÇÃO

Jonas Nogueira lamentou a exoneração dos indicados do PP. Segundo ele, pessoas que contribuíram para a eleição do prefeito e sempre trabalharam "com dignidade e determinação para prestar bons serviços à população e honrar a Administração". Ele, apesar da cisão, garantiu que vai cumprir o papel constitucional, atendendo a pedidos, representando em solenidades ou mesmo substituindo nas férias, "sem causar nenhum sobressalto".

Entretanto, se afastar da Prefeitura não está nos planos do prefeito. "Eu nunca tirei férias na minha vida. E não pretendo tirar porque gosto muito e sou movido a trabalho. Nesse período de férias, passo o final de semana com a minha família, na praia. Não vejo necessidade de me ausentar. A relação com o vice-prefeito se mantém da mesma forma. Desde o dia 1º de janeiro de 2017. Fizemos algumas propostas para que ele participasse ativamente dentro do governo, mas ele preferiu ficar isolado. Decisão dele que respeitei e a partir dela, não vimos necessidade de utilizá-lo para outra situação. A gente permanece do jeito que está".

 

Entrevista exclusiva hoje no portal

As declarações de Victor coelho são parte de extensa entrevista exclusiva, concedida ontem na sede do Jornal FATO, e que será publicada na tarde de hoje no portal jornalfato.com.br. Nela, além da já abordada ruptura com o vice, ele fala das ações realizadas ao longo de 2018 e do polêmico subsídio para o sistema de transporte coletivo.  O mandatário analisa a relação com o Governo do Estado, projetos urbanísticos de grande repercussão e das perspectivas eleitorais de 2020. Vale a pena acessar e conferir.