O vice-prefeito Jonas Nogueira lamentou as exonerações de integrantes do PP da gestão municipal. Segundo ele, eram 20 indicados pelo Progressistas, e não por ele, pessoalmente. Revela ainda que nem o partido, e nem o vice-prefeito foram comunicados acerca das demissões. Ele promete postura inovadora e diz que não se calará.

"Lamento o fato de que pessoas que contribuíram para a eleição do prefeito e sempre trabalharam com dignidade e determinação para prestar bons serviços à população e honrar a Administração tenham sido afastadas dessa forma".

Ainda de acordo com o vice-prefeito, embora ínfimo, os cargos eram merecidos pelo Progressistas. "Pelo que o partido reapresentou para a eleição do prefeito, tanto em termos de forças políticas, quanto de tempo de televisão e rádio, que foram dobrados com a presença do Progressistas na chapa"

Todavia, Jonas reafirma compreender que os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração do Chefe do Executivo, "de modo que só nos resta respeitar a decisão por ele tomada".

 

Relacionamento

Apesar da cisão política, Jonas garante que não tem nenhum problema de relacionamento com o prefeito. "Jamais o ofendi, desrespeitei ou critiquei". Nos três perfis que administra no Facebook, o vice-prefeito conta que recebe reclamações de eleitores insatisfeitos com os resultados da gestão. Diz que se surpreendeu com o volume durante a campanha a deputado federal

"Eu explicava que era o período de adaptação do Prefeito à Administração Pública, sobretudo no caso dele que tinha pouca experiência com gestão em geral. Mas que acreditava que as coisas iriam melhorar. Pedia paciência. Explicava que na condição de Vice eu sou como um jogador no banco de reservas. Quem está no banco não tem como alterar o placar se não for escalado p jogar. Não tenho dúvidas de que perdi muitos votos dos que não entenderam ou não aceitaram meus esclarecimentos", pondera.

 

Postura

Relembrando sua trajetória política, diz que sempre teve postura de independência, coragem e disposição.

"Estou estruturando uma forma inovadora de atuação do Vice. Em breve colocarei em prática. O que jamais foi e nem será do meu perfil é ficar contemplando passivamente. Se alguém achar que consegue colocar mordaça em mim, já errou".

Jonas se diz sempre aberto ao diálogo. Mas assegura que jamais se renderá a imposições, ameaças ou vantagens. Ele enxerga que Brasil vive momento de mudanças profundas. "Não quero perder o bonde da história e a oportunidade de fazer parte dessa virada histórica. A eleição presidencial demonstrou que a população está cansada do "politicamente correto" e valoriza quem tem posição, ainda que desagrade a muitos. Temos que parar com o receio de que se eu falar isso posso perder isto ou aquilo e assim por diante".

E foi justamente a postura de falar sem ter medo, no caso do subsídio para o sistema de transporte coletivo a parte mais escancarada da ruptura anunciada, e agora cumprida, entre prefeito e vice.

"Continuarei exercendo o papel constitucional do vice, atendendo aos pedidos do Prefeito quando necessário representa-lo em alguma solenidade, evento ou reunião, como tenho feito até aqui.

E se ele precisar ou quiser tirar umas férias estou a postos para substituí-lo sem causar nenhum sobressalto, como fiz nos 11 dias em que ele esteve na China".