Jackson Soares: nada contra as categorias, só não queremos que nos tirem o pouco que temos (Foto: Divulgação)

O vereador Wallace Marvila (PP) quer deixar o projeto 75/2017 de lado após polêmicas envolvendo a funcionalidade da proposta virem à tona nas redes sociais na última semana. O projeto apresentado pelo vereador tem como objetivo isentar policiais civis e militares, bombeiros, agentes da Sejus, guardas municipais dos pagamentos de entradas para shows, eventos, cinema e teatro em Cachoeiro e dar a seus acompanhantes o direito à meia-entrada.

 

A proposta desagradou aos promotores de eventos. Para Jackson Soares, produtor no ramo há dez anos, o público referido na proposta já conta com a gratuidade. "O segmento já libera a entrada de militares, agentes e bombeiros nos eventos. Porém, não temos condições de bancar os agregados", conta.

 

Jackson também afirmou que para se realizar um show, há muita burocracia e que, por este motivo, os lucros não são altos. "Gastamos com equipes, contratados, licenças e alvarás. Não temos nada contra as categorias do projeto, só não queremos que nos tirem o pouco que já temos", desabafa.

 

Em contato com Marvila, ele deixou claro que quer deixar o projeto de lado por conta da repercussão negativa. "O projeto não foi para votação, apenas foi lido e gerou muita polêmica. Não vou me manifestar sobre este assunto. Fiz na boa intenção e fui mal interpretado. Este projeto nem mesmo deve ir para votação", disse.

 

Há mais de 12 anos no ramo de eventos do município, Ramon Silveira, disse que é contra a proposta, mas pretende aguardar o parecer da procuradoria e da comissão da Constituição e Justiça da Casa de Leis cachoeirense sobre o assunto.

 

Na sessão desta terça-feira (05), por mais que o autor queira esquecer, o assunto vai voltar à tribuna da Câmara Municipal de Cachoeiro. Representantes do setor devem comparecer durante sessão e manifestar oposição à proposta.