U$ 50 milhões: Câmara ainda não tem previsão para votar empréstimo

Presidente do Legislativo, vereador Brás Zagotto declara que ainda não há consenso sobre projeto da Prefeitura de Cachoeiro; prefeito expõe necessidade de recursos externos em audiência pública

16/05/2024 12:06
U$ 50 milhões: Câmara ainda não tem previsão para votar empréstimo /Divulgação

Em recente audiência pública, na Câmara Municipal, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB), expôs a necessidade de recursos externos para investimentos diante da situação financeira municipal. 

O presidente da Casa de Leis local, Brás Zagotto (Podemos), declarou à reportagem do ES de FATO, contudo, que ainda não há consenso para pôr o projeto sobre o tema em votação.

A audiência pública, realizada na noite de quarta-feira (15), foi para debater a proposta apresentada no dia 02 de fevereiro à Câmara, de autoria do Poder Executivo local, que pede autorização dos vereadores para a Prefeitura de Cachoeiro pegar empréstimo de 50 milhões de dólares com o Banco de Desenvolvimento da América Latina - Corporação Andina de Fomento (CAF). 

?Estamos conversando com a base, para ver o que vamos fazer. Pelo o que a gente viu, a comunidade está contra. Não quero dizer que o projeto seja ruim, mas veio no momento errado, ano de eleição. E há muitos pré-candidatos tentando usar o empréstimo para se promover politicamente?, disse Brás.  

O presidente da Câmara Municipal esclareceu o que tem sido conversado no Legislativo. 

?Estamos analisando. De repente, propor ao prefeito: se a candidata da situação (Lorena Vasques) ganhar a eleição, votamos em outubro. E, se caso outro candidato vença, vamos ouvir se o outro prefeito quer o projeto?.   

 

 

 

 

Consulta pública

Com o plenário da Câmara de Vereadores lotado, o prefeito Victor Coelho fez amplo relato sobre a situação financeira da Prefeitura cachoeirense, que tem a 71ª arrecadação per capta entre os 78 municípios capixabas. 

Segundo ele, Cachoeiro é dependente de captação de recursos externos, sejam dos governos federal, estadual, ou financiamento como o que se pretende.

É o que explica, mesmo com apenas 17,7% de sua arrecadação vindo de fontes próprias, ser possível investimento de R$ 396 milhões nos sete anos da atual gestão. 

Ainda assim, o número se aproxima apenas do valor que o município de Presidente Kennedy recebe de royalties em apenas um ano.

A principal justificativa para o empréstimo internacional de 50 milhões dólares é a necessidade, de acordo com o prefeito, de imprescindíveis investimentos em infraestrutura.