Silvio Almeida propõe alianças contra problemas comuns a países da ONU

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania está em Genebra, na 52ª Sessão do Conselho dos Direitos Humanos

27/02/2023 16:36
Silvio Almeida propõe alianças contra problemas comuns a países da ONU /Foto: Violane Matins/ONU

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, propôs nesta segunda-feira (27) à Organização das Nações Unidas (ONU) alianças com foco em problemas comuns a diversos países, para saírem do que classificou de ?encruzilhada histórica?. Ele também pediu apoio à candidatura do Brasil ao Conselho dos Direitos Humanos, no mandato de 2024 a 2026.

?Tenho a certeza de que meu país e o mundo encontram-se em encruzilhada histórica. Sinto que é chegado o momento de sarar as feridas, transpor abismos e construir. É com esse sentimento que venho dizer que o Brasil voltou de uma nova forma para um novo tempo?, disse o ministro em Genebra, na Suíça, onde participa da 52ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

As parcerias propostas pelo ministro têm quatro eixos principais: a sobrevivência do planeta, a vida digna e decente, o direito ao desenvolvimento e contra o ódio.

?Temos plena consciência de que, mesmo trabalhando com todas as nossas capacidades, precisamos do mundo. Por isso, proponho a este conselho, quatro alianças necessárias?, acrescentou. ?A primeira delas é a aliança pela sobrevivência. Lideranças Yanomami têm advertido que estamos diante 'da queda do céu'. Saibamos ouvir esse chamado e redobrar nossos esforços por modos de vida que nos permitam viver em paz com nosso planeta?, disse.

A segunda aliança, disse Almeida, seria por uma vida decente e digna: ?precisamos não só erradicar a pobreza, mas também promover a dignidade no trabalho e do lazer. Mesmo aqueles que se acham privilegiados vivem hoje inseguros e adoecidos por um modo de produzir e distribuir riquezas que não deixa vencedores?.

Para o ministro, a terceira aliança entre os países seria pelo direito ao desenvolvimento. ?Os povos amefricanos [em referência aos povos da América e da África] e de todo o sul global precisam reinventar o direito ao desenvolvimento, para que este penetre definitivamente na gramática das lutas populares da periferia do capitalismo?.

?A quarta e última aliança é a aliança contra o ódio. Nossos países assistem perplexos à rápida propagação de discursos de ódio baseados no racismo, na xenofobia, no sexismo da LGBTfobia. A extrema direita e o fascismo crescem e articulam-se por meio de redes que não conhecem fronteiras. É nossa missão fazer com que o amor, a solidariedade e a paz também não conheçam fronteiras?.

Silvio Almeida finalizou o discurso pedindo apoio à candidatura brasileira a uma vaga no conselho de Direitos Humanos para o mandato de 2024 a 2026. ?Peço apoio dos países aqui presentes para que possamos contribuir de maneira renovada com a promoção dos Direitos Humanos em todos os lugares e para todos os povos?.