O presidente da Câmara de Cachoeiro, Alexon Soares Cipriano (Republicanos), protocolou na terça-feira (12) dezesseis pedidos de informação ao Poder Executivo Municipal relativos ao cumprimento de contratos e execução de despesas no município. 

Segundo o vereador, o enfrentamento à pandemia Covid-19 traz uma nova realidade à economia mundial, e, assim como outros municípios brasileiros, Cachoeiro já deu início a uma política de contingenciamento dos gastos e investimentos públicos. "Mais do que nunca, é hora de nós, vereadores, exercemos nossa atribuição de fiscalizar os atos do Executivo, para garantir que tanto os cortes quanto os investimentos sejam feitos de forma racional, sem prejudicar o interesse público", diz Alexon. 

Uma das preocupações do vereador, motivo de um dos pedidos de informação, é a situação do contrato mantido pelo município com o Consórcio Novotrans, que, segundo relatos de funcionários do grupo e da imprensa, estaria prestes a ser rompido por falta de capacidade financeira das empresas. "Precisamos saber o que há de verdadeiro e de boataria nesta história, e se há providências sendo tomadas. O que não podemos é esperar que  a população fique repentinamente sem transporte coletivo, causando um caos ainda maior na cidade", alerta.

 

Imóveis, tarifa social e PDM

Alexon lembra ainda que Cachoeiro deverá receber recursos federais e estaduais para compensar as perdas durante a pandemia, e espera-se que os valores atinjam pelo menos R$ 31 milhões. "É preciso discutir com a sociedade onde estes valores serão investidos", diz o presidente da Câmara. 

Entre os questionamentos realizados ao Prefeito, o presidente quer saber quem são as cem maiores empresas e pessoas físicas em dívida com o município; quais as obras e licitações foram ou estão sendo executadas neste momento; quais e quantos imóveis o município possui e também o valor e a descrição dos imóveis alugados. Além disso, Alexon questiona sobre os empenhos e pagamentos feitos até o momento pela prefeitura,  em especial, pelas  secretarias municipais de Saúde, de Educação e de Administração, bem como a atividade financeira da Agersa,  Fundo Municipal de Defesa do Consumidor e Fundo Municipal da Infância e da Adolescência. 

Outros questionamentos feitos por Alexon dizem respeito ao não encaminhamento à Câmara do Plano Diretor Municipal, o que já devia ter ocorrido desde 2016; o relatório financeiro do programa de tarifa social de água e esgoto; e também  o andamento do projeto de iluminação pública anunciado pela prefeitura, com seis mil pontos de led.