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Leandro Moreira

 

Prefeito do segundo município do estado que mais realizou contratos com a Caixa Econômica Federal (1º é Vila Velha), João Bosco Dias (PSB), o Bosquinho, afirma que deixa para a próxima gestão R$ 10 milhões, de convênio com o governo federal, para obras diversas.

 

O socialista encerra o mandato se despedindo da vida pública e revela que o corte do 'cordão umbilical' com a política será quando provar a sua inocência diante da operação Canudal, que investiga suposta corrupção na prefeitura.

 

"Temos obras em andamento, outras que estão garantidas e licitadas. Isso é fruto de parceria com a bancada federal e de organização administrativa da prefeitura, onde temos uma equipe coesa e eficaz. Também tivemos a contribuição de vereadores. Conseguir recurso federal é complexo", explica.

 

Dos R$ 10 milhões, Bosquinho relacionou uma lista considerável de obras. Dentre elas, destaca a construção do campo de Alto Gironda (R$ 400 mil), antiga comunidade de Cachoeiro de Itapemirim e inserida há pouco tempo ao município; cinco unidades de saúde, sendo duas prontas em Castelinho e Prosperidade; creche em Jaciguá, em andamento, no valor R$ 1,8 milhão.

 

"Também há recurso garantido para uma unidade de saúde e calçamento em Vila Esperança. Destaco ainda a entrega da avenida Beira Rio, que já está paga e é histórica para Vargem Alta. Para esta obra, firmamos convênio de R$ 1 milhão e investimos, com recursos próprios, R$ 600 mil. Toda a iluminação é em led", diz.

 

Em Castelinho, segundo o prefeito, está em fase final a construção de 27 unidades habitacionais e 40, em Pedra Branca, restando apenas a instalação de água e esgoto, atrasada por conta das chuvas. "Estão licitadas também a reforma da unidade de saúde 'Jerônimo Ribeiro', com R$ 1 milhão, e a instalação de um centro de especialidades. Escola em Richmond e transporte gratuito de alunos para as universidades. São muitos investimentos em saúde e educação, apesar da crise".

 

Machucado

 

Político com mais mandatos em Vargem Alta, cinco conclusos ao todo, Bosquinho deixa a vida pública, porém com uma questão a resolver: operação Canudal, ocorrida em setembro de 2015 e que investiga suposta corrupção na prefeitura. À época, o prefeito, o presidente da Câmara, Luciano Quintino (SD), cinco servidores da prefeitura, outros vereadores e dois secretários foram afastados.

 

"Afirmo que a operação foi injusta comigo e vou provar. Não houve desvio de recurso. É algo que machuca, acusado de algo que não fiz e isso manchou meu nome. Vou até o final para mostrar que houve equívoco nesta operação".

 

Fora isso, Bosquinho diz que deseja sucesso para o próximo prefeito (João Altoé - PSDB). "O maior desafio é o controle do gasto público. Esta crise, que iniciou em 2013, não acaba agora. É só ele não passar pela perseguição política que passei". O socialista agradeceu o empenho dos servidores públicos, categoria a qual ele concedeu 10% de aumento, e à população.