Fotos: Ailton Weller

 

Ailton Weller

 

O Mercado Municipal Quincas Leão, mais conhecido como Mercado da Pedra, foi reinaugurado nesta quarta-feira (28) em Cachoeiro de Itapemirim após obra de revitalização. O evento aconteceu no auditório da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acisci), que fica no andar de cima do mercado.

 

A cerimônia contou com a presença do governador Paulo Hartung (PMDB), do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione (PT), deputados estaduais Rodrigo Coelho (PDT), autor de emenda parlamentar que destinou recursos da ordem de R$ 413 mil para reforma, e Marcos Mansur (PSDB), do secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, o prefeito eleito, Victor Coelho, além de vereadores e comerciantes.

 

Durante a solenidade, o governador Paulo Hartung ressaltou que a inauguração foi viabilizada em parceria com o Poder Legislativo Estadual, fruto de emenda parlamentar do deputado Rodrigo Coelho.

 

"Os mercados são marcas na vida da comunidade. Marcam a cultura, costumes e servem como conexão entre quem produz e quem precisa. É importantíssimo termos um mercado bonito e estruturado aqui em Cachoeiro de Itapemirim", destacou.

 

O secretário da Agricultura, Octaciano Neto, enfatizouu que a reforma do Mercado da Pedra ajudará a agricultura familiar de Cachoeiro. "O mercado é um marco na cidade e um patrimônio histórico. Estava há 33 anos sem reforma. Os comerciantes foram capacitados para atender bem os clientes. Pela localização do mercado, pela centralidade, a agricultura familiar ganhou um espaço novo para comercializar a produção", disse.

 

Detalhes

 

O local passou por uma reforma, iniciada em maio deste ano, com intervenções nas instalações elétricas, hidráulicas, hidrossanitárias e adaptação de acessibilidade de banheiros. De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, José Arcanjo Nunes, na primeira quinzena de janeiro tudo estará funcionando para atender ao consumidor.

 

"São 18 boxes para os permissionários e um para a Cooperativa de Agricultura Familiar, que congrega 136 produtores do município. Agora, cada responsável pelo seu local de trabalho precisa solicitar da EDP Escelsa as instalações do padrão de energia, que é individual. Feito isso, o comerciante estará apto a atender seus clientes", contou.

 

Construído entre 1967 e 1970, o prédio foi tombado como patrimônio do município em 2005. A última reforma do edifício foi feita há quase 30 anos. Dezenove comerciantes permissionários trabalham no local, que recebe movimento de cerca de 600 pessoas por dia.

 

 Voltado para oferecer um espaço de comercialização para agricultores familiares, o Mercado da Pedra recebeu sua última reforma em 1983. Desde então, os usuários do local (comerciantes e consumidores) reclamavam da situação em que ele se encontrava. Com a nova reforma, o local passa a ter 19 boxes, todos com portas de aço, além de um corredor central. Uma estrutura muito diferente da anterior.

 

Volta para casa

 

Gilberto de Paulo Alochio (Fotos: Ailton Weller)

 

A reabertura do Mercado Municipal Quincas Leão foi comemorada pelos 18 permissionários que ocupam boxes no local. Gilberto de Paulo Alochio, 66, que trabalha no local desde 1969, comercializando produtos da medicina natural e hortigranjeiros, disse que desde então nunca foi realizado um trabalho de revitalização no mercado e as condições de atendimento aos clientes eram as piores possíveis nos últimos anos. "O estado era de completo abandono e por mais que nós procurássemos manter os padrões mínimos de higiene, a coisa era complicada", contou.

 

"Agora, além da ampliação dos boxes, o acabamento em ladrilhos torna fácil a limpeza e só depende dos feirantes para que os consumidores até aumentem", espera.

 

Gervásio Peterle 

 

Para Gervásio Peterle, 67 anos, há 41, ocupando um box no mercado, as obras de revitalização já haviam 'passado da hora' e garante que já havia pedido essa intervenção várias vezes ao poder público. "Tudo o que é novo chama a atenção do povo, pois existe a curiosidade. Irão ver um mercado novo, vão querer conhecer e irão gostar, e a partir daí começarão a frequentar em maior volume" acredita.

 

Argeu Simer Filho

 

Argeu Simer Filho, 68, há 33 anos como um dos permissionários do local, ressalta que o mercado é antigo e que precisava da reforma, apesar dos meses que ficou parado. "Decidi não alugar um ponto alternativo enquanto as obras eram executadas. Preferi descansar e esperar a conclusão. Com essa reforma, o mercado vira uma ótima referência e a clientela aumenta. E melhora pra todo mundo", falou.

 

Fotos: Leonardo Duarte/Secom