Justiça manda soltar vereador de Cachoeiro - Jornal Fato
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Justiça manda soltar vereador de Cachoeiro

Darinho da Saúde (PSDB) foi preso no dia 4 de julho em ação do Ministério Público por ter, supostamente, vazado informações sobre a operação Panaceia


Darinho foi preso no dia 4 de julho

A Justiça determinou na noite de ontem a soltura do vereador Dario Silveira Filho, 43 anos, o Darinho da Saúde (PSDB), preso no dia 4 de julho em ação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por ter, supostamente, vazado informações sobre a operação Panaceia.

A informação é do advogado do vereador, Izaías Júnior. Ele afirmou ainda, por volta de 19 horas de ontem, que o alvará de soltura já tinha sido expedido e que em questão de poucas horas Darinho seria, de fato, liberado do sistema prisional.

Além de Darinho, outras 12 pessoas haviam sido presas na operação. Dez foram detidas no dia em que a ação Panaceia foi deflagrada em Cachoeiro, em 20 de junho. Mais um foi detido no dia 25. E no dia 4, foram presos o vereador e o funcionário de uma das farmácias investigadas.

A operação, iniciada no dia 20 de junho, é coordenada pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), com participação da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e Vigilância Sanitária Municipal de Cachoeiro.

Segundo o promotor de Justiça, Luiz Agostinho Abreu da Fonseca, o vereador soube de detalhes da operação uma vez que ele também atua como servidor da Vigilância Sanitária, que participou dos trabalhos.

"Ele participou da primeira operação, como motorista da Vigilância Sanitária e, no horário que antecedeu as buscas, entrou em contato com outras pessoas e avisou que haveria a ação naquele dia", explicou.

 


Prejuízo de R$ 100 milhões

Levantamentos da Receita Estadual apontam que o prejuízo ao fisco causado pela sonegação fiscal praticada pelas empresas investigadas ultrapassa os R$ 100 milhões.

Panaceia é uma palavra com origem no grego panákeia, sendo que pan significa "todo" e ákos significa "remédio".

O objetivo da operação é apurar denúncias de receptação e venda de remédios roubados, medicamentos adulterados e sonegação fiscal.

As investigações tiveram início em 2015. Durante as investigações, os agentes realizaram captação de áudio e de imagem, além de receptações telefônicas autorizadas pela Justiça.


 

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