Jathir explica na TV vídeo polêmico - Jornal Fato
Política

Jathir explica na TV vídeo polêmico

Candidato foi surpreendido por ativista que cobrava conclusão de obra em Marataízes, tocada por empresa de sua família


Foto: Record News Cachoeiro 

 

"Me comprometo a continuar fazendo uma campanha com respeito aos nossos concorrentes. Não vamos nos submeter a qualquer baixaria"

Jathir Moreira durante aparição na televisão

 

O candidato a prefeito de Cachoeiro, Jathir Moreira (SD), aproveitou aparições na televisão para esclarecer o vídeo produzido por uma ativista antimanicomial, utilizado em larga escala contra ele nas redes sociais, há uma semana. A mulher que o aborda faz questionamentos sobre a paralisação de construção em Marataízes. A obra é tocada pela empresa Victaura, que pertence à família do político.

 

Durante debate na noite de terça-feira (20), tocou no assunto. "Vamos continuar mantendo a ética e o respeito por cada um de vocês (candidatos e eleitores). Vamos nos ater única e exclusivamente a apresentar nossas propostas. A política, para nós, é para construir amizades. Não é para destruir", disse Jathir, já em suas considerações finais.

 

Nesta quarta-feira (21), em entrevista a outra emissora, voltou ao tema. "Me comprometo a continuar fazendo uma campanha com respeito aos nossos concorrentes. Não vamos nos submeter a qualquer baixaria. Estamos vendo as pessoas tentando denegrir a nossa imagem. Passando vídeo. A situação é muito tranquila. O processo foi natural. Não há nada que desabone a minha conduta. Tudo feito com transparência e honestidade. Se tem algo que prezo é ter uma vida correta para que meus filhos não se envergonhem".

 

Processo

 

Apesar da grande repercussão do vídeo, muito em função da reação do surpreso Jathir Moreira ante os questionamentos, enquanto fazia campanha na Santa Casa, não há indício de irregularidade na atuação da empresa de sua família na obra.

 

A versão de Jathir, de que a construção foi paralisada pela Justiça, encontra eco na Prefeitura de Marataízes. Em nota a municipalidade garante que "a construção do Centro de Tratamento ao Toxicômano (CTT) teve início através do Contrato 045/2010, (que tinha valor de pouco mais de R$ 870 mil, depois aditivado em quase R$ 90 mil). Meses depois a obra foi paralisada para diversas adequações". Pelo percentual executado, foram quitados R$ 387 mil.

 

Em fevereiro de 2013, com a obra ainda paralisada, o contrato venceu. Ao assumir a Prefeitura em junho do mesmo ano - o titular Jander Vidal (PSDB) foi afastado sob suspeita de corrupção -, o prefeito interino, Robertino Batista, o Tininho (PRP), quis retomar o contrato com base no entendimento de que a paralisação da obra interromperia, também, a vigência do contrato.

 

Tentou, mas não conseguiu reativar o compromisso, sem sucesso. Diante disso, em 25/06/2014, celebrou o Termo de Contrato nº 033/14, cujo objeto era a continuação das obras, quando o correto, assegura a municipalidade na nota, seria licitar o remanescente da obra.

 

Após dar a ordem de serviço, foi movida uma Ação Civil Púbica e a Justiça entendeu que o ato era irregular, suspendendo o contrato. Como a obra sequer foi retomada, nada foi pago.

 

Atualmente, a Prefeitura aguarda a aprovação do replanilhamento pela Secretaria de Saúde do Estado, pois trata-se de Convênio com o Governo Estadual, para providenciar a licitação do remanescente da obra. 

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