IPTU chega a subir mais de 1.000% - Jornal Fato
Política

IPTU chega a subir mais de 1.000%

Dona de casa garante que vai procurar o Ministério Público para tentar reverter o valor da cobrança que acha abusiva


 

A dona de casa Onília de Souza Barbosa, 58 anos, e o seu marido, o aposentado Elton Araújo Barbosa, 64 anos, moradores na rua Maria Emília Ribeiro Lesqueves, bairro Coramara contam que o valor do tributo subiu de R$ 116,90, no ano passado, para R$ 1.345,04.  "A princípio acreditei que fosse engano, mas ao procurar a prefeitura recebi a informação de que o valor estava correto e era de acordo com o acabamento, pois o imóvel tem chão de granito. teto de gesso, entre outras melhorias. Estou indignada com isso e vou procurar o Ministério Público", garantiu.

 

Outra moradora, a dona de casa Antonia Fonseca Axis, 59, também reclama do reajuste que, no seu caso, chegou a quase 100% por cento passando de R$ 277,85 para R$ 432,92. "Meu marido, que é servente de pedreiro, mas está desempregado, vive apenas de biscates e o que consegue ganhar só dá para comprar a alimentação. Minhas contas de água e luz estão atrasadas e já estou com dois carnês de IPTU pendentes e não sei como resolver", contou.

 

Rua esburacada

 

 

Os moradores reclamam, além dos valores cobrados no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), das péssimas condições da via que liga a rua Maria Emília Ribeiro Lesqueves a rodovia Mauro Miranda Madureira. O aposentado Elton Barbosa, já citado na matéria, conta que a linha de ônibus foi suspensa há mais de um ano por conta dos inúmeros buracos que impedem a passagem do coletivo. "Sem drenagem e galerias de águas pluviais, quando chove muitas residências são invadidas pelas águas que descem da parte alta do bairro. Pagamos nossos impostos em dia, mas o retorno não está sendo dado pela prefeitura apesar das constantes reclamações", explicou.

 

Prefeitura explica aumento

 

Cobrança do IPTU no ano de 2015

 

Cobrança do IPTU no ano de 2016

 

Em entrevista a uma emissora de TV da cidade, o secretário de Fazenda em exercício, Elimário Grolla, disse que os valores incidem sobre a aplicação do índice de inflação que ocorreu exercício 2015. Que foi de 9,57%.  

 

"Além disso, tivemos em 2014 uma legislação aprovada pela Câmara com desconto de 30% para quem paga até 30 de setembro sendo reduzido para 20%. Portanto temos aí diferença 19,57%", comentou.

 

"O que pode ainda incidir no reajuste é o aumento da área de construção, ou o padrão de construção, que vai de A a letra E. A média é que seja enquadrado. piso de granito, parede emassada, pintada, além de rebaixamento de gesso. Pode subir para novo padrão e a alíquota ser maior", concluiu Grolla.

 

Ailton Weller

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