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O vereador Alexon Cipriano (Pros) é um dos investigados na operação Sul I, deflagrada na semana passada para apurar a existência de organização criminosa suspeita de atuar na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Semdurb), do município de Cachoeiro de Itapemirim.

 

Na manhã de quinta-feira, 30 policiais civis e 12 militares cumpriram 15 mandados judiciais de busca e apreensão em residências, locais de trabalho e endereços comerciais dos suspeitos. Um desses, o escritório de projetos do vereador, onde foram recolhidos documentos e computadores. A ação foi levada a termo pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul), com base em denúncias enviadas à ouvidoria.

 

Alexon, ontem, procurou a reportagem para se explicar. Apesar de todo o desgaste, se disse tranquilo. Segundo ele, o processo vem de o final de 2013, época em que chegou a ser ouvido pelo promotor e garantiu, como agora, que jamais recebeu vantagens indevidas ou pressionou para receber qualquer valor em troca da aprovação de projetos.

 

Entre 10 de março de 2014 e 30 de junho deste ano, Alexon foi subsecretário da Semdurb. No período, projetos feitos por seu escritório de projetos de edificações passaram pela secretaria, mas ele garante que quando isso ocorria, não eram aprovados por ele, que, "por questões éticas" eram passados para a avaliação direta do secretário.

 

Ele não vê nenhum conflito em sua atividade como subsecretário e a de seu escritório concomitantemente, pois, além de não indicar sua empresa ou fazer qualquer tipo de pressão, não existe na legislação nenhum impedimento para a atuação nas das frentes.

 

"Sou o maior interessado em que todos os fatos relacionados à apreensão de documentos em minha residência e em meu escritório sejam rigorosamente apurados em todas as esferas judiciais e policiais, com a consciência absolutamente tranquila de que em nenhum momento de minha vida pública ou privada agi em desacordo com os melhores princípios éticos, legais e morais", diz.

 

A expectativa do vereador é de que a apuração comprove sua inocência. Inclusive, afirma que colocou seus sigilos telefônico e fiscal ao dispor do Ministério Público, com o objetivo de dar mais celeridade e transparência às investigações.

 

Alexon cumpre mandato como suplente na Câmara, mas é vereador eleito para a próxima legislatura. "Reitero o compromisso de pautar minha vida e meu mandato pela transparência na defesa dos interesses dos cachoeirenses".