O deputado estadual Theodorico Ferraço (PP), candidato a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, anunciou que vai recorrer à Delegacia de Crimes Cibernéticos para tentar frear a notícias falsas e desinformações que, julga, visam prejudicar sua campanha. A maior parte do material circula em redes sociais e grupos de mensagens, em forma de vídeos e montagens que teriam ao próprio Ferraço e até sua esposa, Norma Ayub (PP), como alvos.
A decisão de denunciar as agressões foi tomada após surgir na internet um vídeo envolvendo sua esposa, a ex-deputada federal Norma Ayub (PP), investigada em operação que viria a ser considerada ilegal em 2013.
Na época, Norma, que era prefeita de Itapemirim, foi investigada pela contratação de uma empresa para cobrança tributária. A Justiça concluiu que não havia irregularidades e o Ministério Público se manifestou favoravelmente a ela. No entanto, reclama o candidato, ?mais de uma década depois, adversários de Ferraço tentam reviver o caso por meio de vídeos anônimos, com o objetivo de minar sua campanha?.
A equipe jurídica do candidato já tomou providências e vai apresentar denúncia à Delegacia de Crimes Cibernéticos para investigar a origem dos ataques e identificar os responsáveis pelas montagens e disseminação de desinformação.
?O jogo sujo não será tolerado. Vamos acionar a polícia para investigar essas ações. Não podemos permitir ataques à imagem pessoal e à campanha com mentiras descaradas. Buscaremos punições exemplares para quem está por trás disso,? declarou Ferraço.
Além desses ataques, outros candidatos à prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim já entraram na alça de mira. A candidata Lorena Vasques (PSB) foi condenada pela Justiça Eleitoral ao pagamento de uma multa de R$ 15 mil e teve que remover um vídeo de sua rede social. O juiz considerou que vídeo, Lorena distorceu uma fala de Ferraço, insinuando que ele planejava privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS) ? uma informação sabidamente falsa. A candidata anunciou que vai recorrer.
Outro concorrente, Léo Camargo (PL), também foi multado por disseminar fake news, acusado de falsamente afirmar que Ferraço estava manipulando pesquisas eleitorais. Camargo recorreu da decisão, mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) manteve sua condenação.