Eleitos dispostos a contribuir com governo - Jornal Fato
Política

Eleitos dispostos a contribuir com governo

A reportagem ouviu mais seis edis que venceram as eleições; na edição anterior, foram cinco


 

Leandro Moreira

 

A Câmara Municipal teve renovação de 63% e na prefeitura, ingressará um gestor estreante na vida pública - Victor Coelho (PSB). Talvez por isso, parte considerável dos vereadores eleitos afirma que irá contribuir com a administração, sem, é claro, deixar de lado o papel fiscalizador.

 

"Meu trabalho vai ser estritamente para o legislativo. Confio muito no novo prefeito e vou aplaudir o que fizer de bom; e vou 'puxar a orelha', quando tiver de puxar - da mesma forma que fiz quando fui vereador da última vez", disse o advogado Higner Mansur (PSB), que ocupou cadeira na Câmara Municipal por quatro meses entre 1989 a 1992 (através de liminar sobre imbróglio em legenda partidária) e depois entre 1993 e 1996.

 

Em relação à disputa pela presidência da Casa de Leis, Mansur foi taxativo ao afirmar que não tem interesse nenhum pela função e "nem como quinto secretário-adjunto", brincou. "Não quero sentar à Mesa Diretora. E sugiro, com todo respeito, aos demais que conheçam antes a rotina da presidência, conversem com os servidores efetivos, que possuem alta experiência, antes de se lançarem à função", recomendou Higner, que obteve 1004 votos neste pleito.

 

Edson Fassarela (PV) está em seu quarto mandato, após ser reeleito com 1075 votos. Sobre o seu posicionamento político na legislatura seguinte, ele explicou que ainda não conversou com o partido. Porém, está certo sobre a disputa para a Mesa Diretora.

 

"Tenho interesse em disputar a presidência da casa e já iniciei as conversas. Tenho experiência como vereador e como gestor na área da saúde em Cachoeiro, como secretário. Nesta campanha, a saúde não foi alvo de crítica - o que sinaliza o bom trabalho realizado. Tudo isso me credencia a ser presidente", acredita.

 

Amadurecendo

 

Carlinhos Miranda (PDT), ex-assessor parlamentar, disse à reportagem que ainda está amadurecendo uma posição concreta em relação ao Executivo. Ele aguarda um diálogo com o partido, que é detentora da mais bancada na Casa de Leis - três vereadores. Quanto à presidência, ele se coloca à disposição.

 

"Quero o melhor para Cachoeiro e, se for necessário, estarei à disposição para colaborar na composição da Mesa Diretora. Acredito que o presidente da Câmara não deva ser do partido do prefeito, pois tira a legitimidade de nossa democracia, pois os poderes precisam estar independentes entre si".

 

O líder comunitário Alex do Coramara (Pros) também falou que não conversou com o partido e nem com o prefeito eleito para definir sua postura política diante do executivo. "Mas, atuarei no sentido de ajudar naquilo que for de interesse da população e do desenvolvimento da cidade".

 

Alex, que conquistou 1354 votos, também aguarda diálogo com o partido para discutir sobre a eleição da Mesa Diretora. "Alguns vereadores já me procuraram. Estamos ouvindo, porém, só haverá decisão em conjunto com o partido".

 

Parceiro

 

"Estou com o governo. Trabalhei com ele (Victor Coelho) na campanha e continuarei. Vou apoiar todos os projetos que são de interesse para o município", disse Sebastião Buiu (PP), eleito com 1017 votos. Ele adiantou que não pretende disputar a eleição para presidente da Casa, mas que pretende fazer parte da mesa.

 

O vereador Pastor Delandi Macedo (PSC), reeleito com 1285 votos, contou que não definiu seu posicionamento político para o próximo ano e que aguarda conversar com o prefeito eleito para conhecer o planejamento de trabalho. "Vou trabalhar para Cachoeiro". Delandi também não dialogou sobre a eleição da mesa, mas afirmou que tem experiência política para se dedicar ao cargo.

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