Eleição movimenta o mercado de gráficas - Jornal Fato
Política

Eleição movimenta o mercado de gráficas

Empresários apostam em aumento de até 50% mesmo em tempo de crise e limitações de gastos impostas pela Justiça Eleitoral


 

Ailton Weller

 

Os donos de gráficas de Cachoeiro de Itapemirim estão comemorando o período eleitoral que traz reflexos positivos para a produção e nos lucros das empresas.  Superando a expectativa da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abirgraf) que prevê um crescimento de 15% no segmento promocional no período de campanha eleitoral, com relação ao pleito de 2012, empresários apostam em aumento de até 50% mesmo em tempo de crise e algumas limitações de gastos impostas pela Justiça Eleitoral.

 

O empresário Luiz Gonzaga Bandeira, da Grafband, por exemplo, revelou que a procura aumentou entre 50 a 60%se comparado ao mesmo período das últimas eleições municipais. "A demanda levou a empresa a trabalhar em dois turnos, o que não aconteceu em 2012. Com o agravamento da crise, nos últimos dois anos, fomos obrigados a demitir pessoal, e agora precisamos recontratar para dar conta dos pedidos", contou.

 

Bandeira disse que o período eleitoral é como se fosse o 'Natal do comércio', quando o volume de vendas chega a um patamar diferenciado dos demais meses do ano. "Mesmo com o dinheiro curto nos bolsos dos candidatos e o tempo mais curto de propaganda, esse é o grande momento para o setor", apontou.

 

Alexandre Cunha Tavares, da Gracal, também acena com grande movimentação no parque gráfico, mas admite que a procura deverá 'empatar' com o período eleitoral de 2012, ao menos em Cachoeiro. O empresário acredita que a pulverização de candidaturas acabou por impactar na procura pelos 'santinhos' e outros materiais. "Nas eleições passadas, as candidaturas majoritárias proporcionavam um maior número de coligações e, consequentemente, de candidatos. Algumas delas com mais de uma centena de postulantes à Câmara de Vereadores. Dessa vez, a proporção de candidaturas a prefeito cresceu demais", pondera.

 

Tavares, no entanto, afirma que os candidatos de municípios vizinhos farão a diferença na 'balança' da produção de material de campanha. "Os políticos das cidades do entorno de Cachoeiro tem procurado a gráfica para produzir suas peças e isso vai contribuir para o resultado final", acredita.

 

Produção no país

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abirgraf), o crescimento médio na produção de material será de 15%. As peças de promoção - que incluem santinhos, calendários, faixas e cavaletes, por exemplo - representam 10,6% do setor gráfico, e devem produzir cerca de R$ 3,56 bilhões em 2012 - incluindo os meses pré e pós-eleições.

 

Para Fabio Arruda Mortara, presidente da associação que reúne um terço das 20 mil gráficas do País. As estimativas da entidade sugerem que cerca de 400 faixas e 100 mil santinhos sejam a média de materiais usados por um candidato a vereador. 

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