Deputado lembra dos 20 anos do assassinato do juiz Alexandre Martins

No dia do assassinato do magistrado, o deputado recebeu a ligação logo após o atentado e revelou que houve grande comoção.

23/03/2023 14:48
Deputado lembra dos 20 anos do assassinato do juiz Alexandre Martins /Foto: Divulgação

O presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, Delegado Danilo Bahiense, se recordou dos 20 anos do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, ocorrido no dia 24 de março de 2003. Bahiense, que investigou o caso, resumiu sua admiração pelo magistrado: ?Tinha um futuro brilhante pela frente?. O parlamentar, que à época era o chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil e que investigou o assassinato do juiz, explicou que o movimento para frear o crime organizado no Espírito Santo se iniciou em 2001. ?Nós começamos a investigar o crime organizado e os nossos policiais usavam escutas artesanais. Era preciso que ficassem 24h atentos. Só em 2003 que o Estado veio a ter o Guardião. Mas isso não nos impediu de tirar de cena várias pessoas que cometiam crimes. Da Grande Vitória ao interior, atuamos fortemente?, explicou. Bahiense se recorda que foi aluno do juiz Alexandre Martins de Castro Filho. ?Aos 22 anos, o doutor Alexandre era meu professor de pós-graduação, apresentando conhecimento ímpar sobre o Direito?. No dia do assassinato do magistrado, o deputado recebeu a ligação logo após o atentado e revelou que houve grande comoção. ?Situação muito triste. Agradeço a todos os policiais que trabalharam. Mesmo de folga, diversos policiais civis, militares e federais apareceram para contribuir com a investigação. Conseguimos em 24h dar resposta ampla à sociedade?, disse Bahiense, que emendou: ?É válido ressaltar que o Ministério Público e o Poder Judiciário também foram essenciais, expedindo rapidamente os mandados para que fossem cumpridos?. O presidente do colegiado de segurança da Assembleia faz também um alerta. ?O exemplo de doutor Alexandre necessita de estar fincado na sociedade capixaba, para que não retornemos aos dias sombrios do crime organizado. Quando se acha que um delito é normal, é sinal da falência da sociedade. O crime organizado tem procurado novas frentes é necessário união entre os poderes e as forças de segurança para proteger o maior patrimônio de um Estado, que é a sua população?, finalizou.