Contra o aborto, a maconha e a favor do porte de armas - Jornal Fato
Política

Contra o aborto, a maconha e a favor do porte de armas

Candidato ao Senado, Magno Malta, votou a favor do desarmamento em 2003 e hoje é favor do porte


Senador tenta a terceira eleição para o Congresso Federal onde está desde 2003, representando o Espírito Santo - Foto: Divulgação - Foto: Ilustrativa.

Por Lorena Giordina

ADI-ES

 

Desde 2003 Magno Malta está senador do Espírito Santo e tenta a sua segunda reeleição. Ele tem posicionamento definido em temas espinhosos como aborto, legalização da maconha, porte de armas - do qual se diz a favor 15 anos após votar conta -  e redução da maioridade penal. Neste ano foi cotado como vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), mas optou por continuar na bancada capixaba no Congresso Nacional.

Mesmo oriunda de pequeno estado, Magno garante que a bancada capixaba é expressiva. Em comparação a bancadas de estados maiores, analisa a sua atuação e a do colega de Casa, senador Ricardo Ferraço (PSDB) como de grande influência.

Questionado sobre suas ações em prol do Estado, Magno foi incisivo no caso da concessão da ECO 101, concessionária que administra a BR 101 desde 2013, no Estado. "Ou duplica e cumprem o contrato, ou vão perder a concessão", declarou.

Outras linhas de atuação fortes são os esforços para que a Vale iria implante e Ferrovia Litorânea Sul (EF118), de Vitória a Presidente Kennedy, e o resgate do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).

 

CORRUPÇÃO

Forte crítico dos governos do PT, Magno declarou que o maior problema do Brasil, é a corrupção. "Enquanto o filho do Lula tem uma lancha, ele tira um posto de saúde. O que fizeram com a Petrobras foi inadmissível. Podíamos ter muitas universidades públicas no País, mas o PT foi levar estradas para Venezuela, porto para Cuba, gasoduto para a Bolívia, dilapidando o cofre público. Nossa saúde? Saiu do quadro clínico direto para a UTI, esse foi o País que o PT deixou".

 

CONFIANÇA

Na visão de Magno Malta é preciso recuperar a confiança do povo brasileiro. Após tanta corrupção, acredita que todo candidato é criminalizado. E ainda defendeu que a escolha de ministros deveria ser por concursos públicos e não por indicações.

"Temos pessoas notáveis capazes de serem ministros, com talento e determinação. Mas os políticos têm rabo preso e preferem indicar. Precisamos resgatar a fé do povo que foi diluída nessa crise institucional do Brasil, estamos vivendo uma crise moral".

 

ARMAS

Cotado antes das campanhas começarem como vice de Bolsonaro, Magno, assim como o presidenciável, é favor do armamento de civis, mesmo tendo votado contra no Estatuto do Desarmamento, de 2003.

"Votei a favor do desarmamento porque estávamos apostando em desarmar todos, inclusive os bandidos. Mas estes não foram desarmados. Pelo contrário, eles têm até armas israelenses. Por R$ 100 mil, você compra um lança-míssil, e nas favelas tem isso. Todo cidadão tem direito de defesa, está na lei. Para ter direito a arma, vai ser feito o psicotécnico, não é armar todo mundo. As pessoas vão passar por testes, exames para se tornarem aptas. Não é combater violência com violência, é dar direito à legítima defesa".

 

ABORTO

Enérgico, o senador, que também é pastor e cantor de banda de pagode gospel, se posiciona contra o aborto, alegando que o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem o direito de interferir em uma vida.

 

MACONHA

A descriminalização da maconha, Malta afirma que é mais uma vergonha que o STF quer aprovar. "Maconha é a porta de entrada para outras drogas. Cria dependência e desagrega a família. Veja o que o Uruguai vive hoje, após a liberação".

 

MENORES

Exponente da defesa da redução da maioridade penal, Malta ressaltou sua participação na CPI do Narcotráfico, que usava crianças para assumirem crimes cometidos por traficantes.

"Vi crianças explodas pelo tráfico. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) protege criança que mata, estupra, queima pessoas vivas, comete crimes bárbaros e quando a polícia põe a mão nela, a primeira coisa que ele diz é: 'sou de menor!', crime hediondo não tem que ter limite de idade. Vamos resgatar os jovens através de esportes e da família, para que não caiam na criminalidade", finalizou o candidato.

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