Cenário para 2019 preocupa Casagrande
Esse foi o tema da conversa que teve com o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (PRB), na manhã de ontem
A incerteza sobre o atual cenário eleitoral e suas repercussões políticas e econômicas tem feito o governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) se preocupar, ainda mais, com o orçamento que receberá no ano que vem e com a aprovação de projetos que possam causar impacto nas contas estaduais neste final de ano.
Esse foi o tema da conversa que teve com o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (PRB), na manhã desta segunda-feira (15). "Precisamos ter muita cautela - é final de ano legislativo, final da atual gestão - para que nada possa afetar o orçamento nosso, do ano que vem.
Segundo Casagrande, o encontro resultou no entendimento de que será necessária avaliação muito detalhada de cada projeto que chegue para que não seja enviada nenhuma despesa e nenhuma frustração de receita para o ano que vem.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, ao lado da vice-governadora eleita Jaqueline Moraes e do coordenador da equipe de transição, Álvaro Duboc, o governador eleito se mostrou preocupado com os rumos do país.
"Não sabemos bem o que vai ser o ano de 2019. Estamos aguardando o resultado das eleições. Como a economia, o setor produtivo e a população vão receber o resultado eleitoral. O ano que vem será de muita cautela. Pé no chão, sabendo das dificuldades e incertezas que vamos viver na economia e na política nacional".
Ainda de acordo com o político "todos nós precisamos compreender o que será o ano de 2019. Um governo federal novo, que exigirá de nós um acompanhamento no detalhe. Para que não sejamos surpreendidos com nenhuma ação do governo federal que afete a economia capixaba".
Governador eleito quer qualificar prisões
O governador eleito, Renato Casagrande (PSB) quer reduzir o número de presos no Espírito Santo. O assunto foi tema de conversas que teve ontem com o procurador geral do Ministério Público Estadual, Eder Pontes, procuradores de Estado e, também, no Tribunal de Justiça, com o presidente Sérgio Gama.
"Estamos em praticamente 22 mil detentos. É quase o dobro na nossa capacidade. Então, é um ambiente muito instável e que precisa de uma ação do Poder Executivo, do Ministério Público e do Poder Judiciário".
De acordo com o eleito, nos últimos quatro anos, foram sete mil encarceramentos, mas nenhuma unidade prisional nova foi construída. "Para dar conta de 7 mil detentos em quatro anos, o governo deveria ter construído 14 unidades prisionais, com 500 vagas cada uma".
Casagrande aprova as audiências de custódia que o Tribunal de Justiça instalou e apoia a sua interiorização. A expectativa é de que deem mais agilidade na tramitação dos processos, com objetivo de reduzir o número de presos provisórios
"Há uma cultura de encarceramento no Brasil e o Estado precisa encontrar uma saída, que não seja só a construção de novas unidades prisionais. É um problema que a gente tem na mão porque nenhuma foi construída. É algo que pode se tornar um problema mais grave. Já vimos unidades socioeducativas, por decisão do Supremo Tribunal Federal, liberar muitos menores infratores".