Os candidatos a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim abriram ontem a campanha eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Dos oito, apenas dois deram destaque a seus vices e outros dois não utilizaram o tempo.

 

PT sem estrela

 

 

Braz Barros (PT) aproveitou para se apresentar à maioria da população, com credenciais de advogado, que já foi vice-prefeito e secretário de Obras. Curiosamente, embora seja o candidato da situação, usou seu tempo para falar em mudanças necessárias para Cachoeiro e reconhecer problemas.

 

Também chamaram a atenção o sumiço da estrela, do vermelho e até mesmo do nome do PT na campanha, que adotou tom alaranjado em sua linguagem visual. Preso ao texto perdeu a espontaneidade. Justamente ele que, como pastor tem, na palavra, seu ponto mais forte.

 

Minha Cachoeiro

 

 

Outro pastor, Marcos Mansur (PSDB) optou por tentar justificar a invisibilidade de seus dois mandatos de deputado estadual aos eleitores da "minha Cachoeiro", termo que repetiu algumas vezes durante o programa. Disse que preferiu trabalhar pela coletividade, sem pensar em sua projeção política.

 

Como os demais, também aproveitou o primeiro programa para apresentar as suas credencias e dizer-se experiente na política, após três mandatos de vereador, além dos dois na Assembleia.

 

Pouco tempo

 

 

Romário Miranda (PV) tem pouco tempo para se expressar. E como não domina a fala dinâmica que consagrou o ex-deputado por São Paulo, Enéas Carneiro, só teve tempo para sugerir ao eleitor que vá ao Facebook para saber de seus projetos. Nada que o ajudasse muito a sair da condição de quase completo desconhecido da população, embora tenha sido secretário de Serviços Urbanos na atual gestão.

 

Experiência

 

 

Jathir Moreira (SD) tentou mostrar-se capacitado e com experiência para assumir a Prefeitura de Cachoeiro. Lembrou suas passagens como vice-prefeito, vereador e secretário de Saúde. Se por um lado apresentou a já conhecida faceta técnica, por outro tentou também se mostrar afável, valorizando o relacionamento familiar neste primeiro episódio.

 

Adotou o tom de olhar para o futuro "o que passou serve de aprendizado", chegou a dizer. Em muitos momentos, apareceu em primeiro plano ao lado da vice em sua chapa, a oficial de Justiça, Claudia Lemos (PR), que, no entanto, não teve voz desta vez.

 

Estilo Nextel

 

 

Victor Coelho (PSB), como se era de esperar, abriu sua participação falando do irmão, Glauber Coelho, morto em 2012. Assumiu-se como herdeiro do legado, e prometeu levar adiante os seus ideais. Foi o único a deixar as gravações em ambiente fechado, para uma caminhada no Calçadão da Beira Rio, onde se encontrou com o vice, Jonas Nogueira (PP), que também deu seu recado. A caminhada dos dois pelo calçadão enquanto falavam de si e suas intenções lembrou muito famosa propaganda de empresa de telefonia, a Nextel.

 

Emoção

 

 

Júlio Ferrari (PMDB) preferiu falar diretamente ao eleitor, prometendo desde o início empenho para reverter o esvaziamento do município e realizar a mudança apassos largos. Quis transmitir sinceridade e se mostrar a par das agonias dos cachoeirenses. Pretendeu falar ao sentimento das pessoas.

 

Fora do ar

 

Com menos tempo que os demais, os candidatos Jonathan Willian (Rede) e Lázaro Costalonga (PSL) sequer levaram seus programas ao ar. Como quem não é visto não é lembrado, começaram mal.