Candidato ao Senado defende porte de arma - Jornal Fato
Política

Candidato ao Senado defende porte de arma

Candidato que foi instrutor da Swat defende o porte de armas para civis e usará redes socias para ficar em contato com a população


Candidato se especializou na área de segurança pública e prestou serviços para diversas instituições policias nacionais e internacionais como treinador - Foto: divulgação

Por Lorena M. Giordina/ADI-ES

 

Marcos do Val ficou conhecido no País por ser especialista em segurança pública e privada. Militar da reserva do Exército Brasileiro, o capixaba é instrutor da Swat (Special Weapons And Tactics). Candidato pela primeira vez, ao Senado, nunca esteve atrelado como cargo de confiança na área política.

Do Val traz em sua bandeira, transformar o Espírito Santo em referência de segurança e qualidade de vida para o todo país.  "Através da segurança, vamos atrair para o Estado essa relevância no cenário nacional e investimentos que irão procurar a rentabilidade que existe por trás da estabilidade, proporcionando assim desenvolvimento sustentável, com geração de emprego e incremento de renda", declarou.

Influente nas redes socias, se eleito senador, fará uso delas para se manter em contato com a população. "Tenho um grande envolvimento nas mídias sociais, com muito engajamento de pessoas de todo o país e de várias partes do mundo, que pretendo usar como uma das plataformas para promover gestão participativa, transparente e idônea do papel de senador, que deverá repercutir em ambiente que tão frequentemente é só visto como um meio de poder".

O candidato, natural de Vitória, acredita que a máquina pública precisa ser enxugada, e que ainda há muitos cargos criados para atender aos interesses de aliados políticos. "É preciso revisar toda essa enorme quantidade de comissionados, limitando o emprego público ao que é necessário, temos que acabar com cabides de empregos e funcionários fantasmas. Enquanto reduzimos os desperdícios no gasto com pessoal, precisamos reequilibrar o pacto federativo, os municípios estão sobrecarregados com despesas, os estados também se encontram nessa profunda crise, chegando à falência ou muito perto disso", falou o candidato.

 

MENORIDADE

O candidato não se esquivou de temas polêmicos. Sobre a maioridade penal, Marcos diz que a maturidade mudou, e que os jovens têm ganhado muitos direitos como os da emancipação, do voto, do trabalho e devem arcar com suas responsabilidades.

"Acredito que a redução da idade para se tornar imputável a crimes não impede a continuação da proteção do adolescente. Hoje, um jovem de 16 anos pode tanto se tornar empreendedor com startup inovadora, ou um criminoso, mas enquanto há certas restrições para conseguir fazer a primeira ação, por proteção justamente de sua imaturidade, a 'proteção' do menor contra o crime só funciona de forma a evitar a sua punição, apesar de existir sistema para prevenir que sua apreensão seja seguida pela sua conversão em criminoso - sabemos que não tem conseguido. Precisamos de atuação mais decisiva com os jovens, assim como a certeza de não existir impunidade para decisões erradas", afirmou.

 

DROGAS

Sobre descriminalização da maconha diz que qualquer tipo de droga é decisão errada, na vida de um jovem, por exemplo. "Sei que existem malefícios no consumo e liberar isso significa de alguma forma consentir que isto cresça na sociedade. Por outro lado, temos resistido em vão ao consumo e jovens continuam tendo acesso, fomentando o crime por trás disso. Ainda tem a questão científica, que fica limitada de desenvolver com a rubrica de ilegal da substância. Precisamos ser inteligentes com isso, escutar a sociedade, nunca baixar a guarda. Acredito que isto possa ser melhor debatido pela comunidade, não apenas contraposto por marchas unilaterais, realmente estudado, e penso que o Congresso pode ser uma das formas desse debate acontecer", destacou,

 

ABORTO

Sobre a legalização do aborto, o candidato acredita que a decisão não é apenas da sociedade, pois envolve a vida de cada mulher e da vida que ela carrega. "Balizando entre estes contrastes temos situação decidida pelo STF que ressoa na nossa Constituição, que fetos sem condição de sobrevida, em uma gravidez que além deste destino oferece riscos à mãe, assim como nos casos em que não é apenas indesejada, mas forçada, por estupro, a gravidez pode ser interrompida. Entendo que são situações que convém trazer para a lei a certeza de validade dessas decisões".

 

ARMAS

Por fim, quanto às armas de fogo, por experiência própria, o candidato que conviveu anos fora do Brasil, em países onde o porte de armas é legalizado, defendeu revisão no estatuto do desarmamento, a fim de regularizar o porte por civis.

"Nosso método atual para regular porte de arma, torna complicado demais ter e praticamente impossível portar uma. Automaticamente se presume que qualquer cidadão está desarmado, o que leva a inúmeros problemas, desde a liberdade plena dos bandidos de atuar apenas eles armados contra a população, como a atitude mais hostil contra certas camadas da população, assumindo que apenas quem está marginalizado - por ser pobre, por morar em certo bairro ou simplesmente ser negro - que poderá estar armado e em vias de cometer um crime. Precisamos nos tornar sociedade que seja igualitária, que respeite os indivíduos e não é controlando a população como se fosse um rebanho", lembrou o candidato que defende que o porte seja dado com a ressalva que as pessoas sejam treinadas, tenha idoneidade e aptidão psicológica comprovada.

Comentários