Ala do PMDB quer troca da executiva - Jornal Fato
Política

Ala do PMDB quer troca da executiva

Um documento solicitando a intervenção em Cachoeiro será entregue à cúpula estadual


Foto: Divulgação

 

Redação

 

Após o resultado pífio nas eleições municipais deste ano, se depender de boa parte do grupo que se candidatou a vereador pelo PMDB a executiva local da sigla pode cair em ruínas. Foi elaborada moção pedindo a "nomeação de uma Comissão Reorganizadora Provisória Municipal", este documento será entregue ao diretório estadual, que avaliará a intervenção.

 

O filiado José Carlos Gambarini é um dos articuladores do movimento que quer a "imediata renovação" da executiva local e que conseguiu a assinatura de 19 candidatos à Câmara Municipal no último pleito.

 

Em outra vertente, porém com a mesma finalidade, está o presidente da Casa de Leis, Julio Ferrari, que foi o candidato a prefeito pela sigla. Ele afirmou que irá à capital na próxima semana para pedir à intervenção, acusando, principalmente, traição dentro do ninho peemedebista.

 

"Tem muita coisa errada, que precisa ser revista no partido. São três eleições sem eleger vereador. O PMDB teve quatro anos para montar chapa com 29 candidatos e não elegeu ninguém, novamente", disse Julio, que obteve somente 1,17% dos votos válidos.

 

O candidato a vice Max Netto explicou que soube da moção no meio da semana e que não tinha conhecimento do texto. "Apoio a mudança no PMDB, mas feita dentro de casa, conversando com os filiados. Nada pode ser feito de forma escondida e leviana. Assim, vamos ter cinco ou seis grupos distintos dentro do mesmo partido".

 

Outro filiado, que assinou o documento, é Claudio Vilarinho, que disputou o pleito. "Nosso objetivo é saber onde foi parar o dinheiro do fundo partidário, pois não vimos nenhuma prestação de contas neste sentido. E saber também porque o governador Paulo Hartung, a senadora Rose de Freitas e o deputado federal Lelo Coimbra, todos do PMDB, não vieram apoiar o partido em Cachoeiro".

 

O presidente local é Gonzaga Martins. Nesta semana, ele anunciou, em matéria no jornal FATO, que já tinha iniciado conversas dentro do partido para punir aqueles que apoiaram outros candidatos a prefeito em detrimento de Ferrari. A reportagem o procurou para falar sobre a moção, mas não obteve sucesso.

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